Cristina Ferreira regressou à TVI, há um novo estúdio, novos diretores, novas caras e um novo projeto. Que começou a 13 de setembro, num dia que não foi um domingo qualquer.
Às 19h42, quando a apresentadora e agora diretora de entretenimento e ficção, Cristina Ferreira, entrava na renovada redação da TVI para uma entrevista ao jornalista Pedro Pinto no novo J8, o ambiente que já se vivia não era, definitivamente, o de um domingo qualquer. Ao novo estúdio, com novas funcionalidades, a uma nova dupla de pivôs no J8, com Pedro Mourinho ao lado de José Alberto Carvalho, a um novo diretor de informação, Anselmo Crespo, juntaram-se também comentadores e até os gestores para um dia que marca um novo princípio. “Já não se viam tantos sorrisos na TVI há muito tempo”, dizia Paulo Portas. E era verdade.
Pedro Mourinho foi o primeiro a dar as boas-noites aos telespectadores. “Muito boa-noite, bem vindo ao Jornal das Oito da TVI”. A seguir ao jornalista que saiu da SIC para a nova TVI , José Alberto Carvalho diz “Boa-noite, o compromisso é com a inquietação permanente”, numa espécie de aviso (e promessa) sobre o que vai ser o novo J8 e a informação da estação. Nos bastidores, os minutos anteriores tinham sido, e continuavam a ser, de nervosismo e excitação. Mais de 20 pessoas estavam na ‘casa das máquinas’, mais do que o costume, mas ressaltava uma voz em particular, Luís Salvador, a dar instruções, ouvindo-se também, aqui e ali, Nuno Santos (diretor-geral) e Anselmo Crespo (diretor de informação). “Já tem a imagem da Cristina, diz ao Anselmo”, gritava o diretor-geral, enquanto entravam e saíam pessoas da régie. Silencioso e discreto, o administrador-delegado, Manuel Alves Monteiro, acompanhava com atenção todos os pormenores, com o telemóvel sempre à mão (e muitas mensagens foram trocadas naqueles longos minutos).
Um novo estúdio 360º, e com potencialidades ainda por explorar, que serão conhecidas ao longo dos próximos dias. Como é da praxe nestas coisas, a TVI tinha um exclusivo para este renovado J8, com nova equipa e novo estúdio (e com um direto ao Porto para falar com Sobrinho Simões). O caso Lex e as suspeitas do Ministério Público sobre o juiz Rui Rangel. Um escândalo que vai ter novos episódios nos próximos dias, revela a TVI. A Polícia Judiciária concluiu que Rui Rangel terá recebido mais de um milhão de euros para alterar decisões judiciais. A seguir, como também é costume, o Presidente da República em direto, à distância e com máscara (?), a falar pouco sobre António Costa e o Benfica e um pouco mais sobre os números da pandemia.
As audiências vão conhecer-se ao longo do dia desta segunda-feira, mas o trunfo do final do J8 era mesmo o regresso de Cristina Ferreira, e uma entrevista que estava anunciada há dias. E todas as perguntas foram feitas, ou não fosse absolutamente necessário mostrar ali, naquele momento, que se faz jornalismo. Sobre a quebra de contrato com a SIC, a indemnização, a compra de ações da Media Capital (“um pouco mais de um milhão de euros”, diz a apresentadora e agora também diretora de Entretenimento e Ficção). E, claro, sobre os novos projetos, e a ambição de ganhar. Com farpas aos que lideram a SIC, que não lhe deram as oportunidades que esperaria. “Eu entrei com funções para as quais nunca fui muita chamada”, lamentou. E porque é que comprou ações da TVI? “São as minhas poupanças, é o meu dinheiro, este é o meu projeto final, profissional, eu não vou para mais lado nenhum, é aqui que eu vou ficar até ao fim dos meus dias. E acho que comprar uma percentagem desta casa diz isso mesmo”. Está dito.
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Não foi um domingo qualquer na TVI
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