Cinco tendências de fraudes nos seguros, segundo BAE

  • ECO Seguros
  • 17 Setembro 2020

A atividade criminosa em seguros está em constante mudança. Atualização permanente, partilha de informação e um parceiro experiente na antecipação de ameaças são cruciais, adverte a BAE Systems.

 

 

A BAE Systems, companhia especialista em segurança informática para sistemas de defesa e indústria aeroespacial, mas também presente no mercado de soluções contra amaças digitais no sistema financeiro (banca e seguros) identificou cinco tendências de fraudes em seguros e que requerem atenção das companhias do setor.

No relatório “Insurance fraud trends in 2020,” a companhia londrina identifica cinco tendências na área das fraudes digitais em seguros, onde a mudança é o elemento constante, agora e no futuro:

– Nova era na investigação de fraudes;
– Importância da comunicação e das redes sociais (social media)
– Convergência fraude-risco;
– Papel crucial dos consórcios;
– Quanto mais linhas de seguro, maior a diversidade das fraudes;

O insight da companhia realça que as táticas modernas do cibercrime são transnacionais e cada vez mais ágeis, do ponto de vista tecnológico. Por isso, a indústria de seguros não pode continuar a depender de métodos de defesa tradicionais, baseadas em trabalho intensivo. Trabalhar com parceiros que demonstrem experiência acumulada na antecipação de ameaças é fulcral, sugere a companhia.

Em declarações ao site da revista Insurance Business, Dennis Toomey, diretor global com responsabilidade na análise de fraudes e soluções para seguros, fala de uma nova era de investigação da fraudes. Em primeiro lugar, quando os seguros começaram a investigá-las, pela primeira vez no final dos anos 80 e início dos anos 90, “muitos dos antigos agentes da lei foram mobilizados por serem bons a reconstituir provas e a trabalhar com o sistema (judicial) para ajudar a identificar a fraude”. As coisas mudaram bastante desde então, afirmou Toomey.

Em segundo lugar, de acordo com o relatório da BAE, o papel dos media (e redes sociais) é muito importante como primeira fonte de informação. Muitas seguradoras contam atualmente com uma equipa exclusivamente dedicada à análise de informação, sendo também crucial que as organizações se mantenham atualizadas ao nível da automação e da inteligência artificial.

Por outro lado, antes, os esquemas de fraude eram relativamente rudimentares, limitando-se ao roubo de identidade e à sua utilização em atividades criminosas. “Eram processos repetidos, lineares e de alguma forma previsíveis”. Atualmente, a abordagem do cibercrime é muito mais subtil.

O quarto aspeto relaciona-se com o potencial dos “consórcios”, que permitem manter vigilância permanente sobre as transações e detetar atividade suspeita numa multiplicidade de sistemas de informação cruzados entre instituições e diferentes linhas de negócio. Atualmente a BAE trabalha com três consórcios diferentes envolvendo dados de diferentes setores do sistema financeiro. O valor destas redes colaborativas é essencial, salienta a fonte.

Em quinto, quanto mais produtos e soluções foram desenvolvidas pelas seguradoras no mercado, maior o campo de ação do criminosos e mais vulnerabilidades poderão ser exploradas. Neste quadro, para avaliar o potencial de crescimento de fraudes basta pensar em duas linhas, entre as mais consolidadas da indústria: Vida e Saúde.

Dennis Toomey participou no Global Insurance Fraud Summit, onde cerca de 50 especialistas de 16 países partilharam e debateram, entre outros tópicos, o tema da fraude digital em seguros. O conteúdo do encontro e o relatório não são novos, mas estão a ser partilhados para melhorar a colaboração e permitir a implementação das melhores práticas entre as organizações, refere a nota introdutória ao documento.

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