Tempestade Alex provoca mil milhões de prejuízo em França
Após danos provocados por chuvas torrenciais e ventos muito fortes em França, a federação de seguros afirma que, face à catástrofe, as companhias estão mobilizadas e vão acelerar indemnizações.
A região francesa dos Alpes Marítimos e parte do norte de Itália foram fortemente fustigados por intensa chuva da tempestade Alex que, na última semana, provocou vítimas mortais e dezenas de pessoas desaparecidas em resultado de inundações e violentas correntes em linhas de água, aluimentos de terra, árvores arrancadas e destruição de diversas infraestruturas, em particular em França.
De acordo com estimativa adiantada pela Saretec, empresa especialista na modelação de danos causados por eventos de grande dimensão, uma aproximação preliminar dos estragos da catástrofe, que também varreu parte da região oeste de França ascende, por enquanto, a 20 milhões de euros abrangendo cerca de 7800 edifícios afetados pela borrasca.
Nos Alpes-Maritimes, o efeito da tempestade terá sido ainda mais grave. Éric Ciotti, deputado pelo departamento que confina com parte da Itália e, mais a norte, com a Suíça (Hautes Alpes-Maritimes), adiantou que o custo de reconstrução de equipamentos públicos destruídos pela tempestade rondará 1000 milhões de euros, segundo avaliação das equipas de engenheiros que visitaram a zona.
Declarada situação de catástrofe pelo Governo francês, a federação francesa de seguradoras (FFA) já afirmou que o setor fará tudo para acelerar os procedimentos de indemnização aos sinistrados titulares de apólices de seguro. Em nota divulgada na página eletrónica da federação, Florence Lustman, presidente da FFA, recorda que “todos os contratos de seguro de bens (multirrisco habitação, multirrisco empresas, …) comportam obrigatoriamente a garantia de catástrofes naturais”, e precisa ainda que “o estado de catástrofe natural foi decretado por despacho ministerial”, lê-se na nota publicada na página eletrónica da federação.
Uma semana antes, outras regiões de França foram também varridas pelo mau tempo, igualmente causador de danos materiais. No seguimento destes eventos extremos, o Presidente Emmanuel Macron agendou para esta semana uma visita à região dos alpes marítimos.
Citado no site L’Argus de L’Assurance, Jean-Vincent Raymondis, diretor-adjunto da Saretec, afirma que o aparecimento de eventos como estes questiona a gestão de riscos e a sua previsibilidade, sendo necessário adaptar as ferramentas de previsão meteorológica. “Mais do que a recorrência dos fenómenos climáticos, o que vai mudando é a intensidade, localização e a sua natureza”, afirmou Raymondis.
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