Aquaservice: “Somos uma empresa nativa circular”

O CEO da Aquaservice, Alberto Gutiérrez, explicou que a sua empresa “interiorizou muito a economia circular e desde o início tem procurado ser uma empresa nativa neste compromisso de circularidade“.

Foi o que referiu Gutiérrez durante uma entrevista na 2ª edição da Forbes Summit Sustainability, realizada em Madrid na semana passada, onde especialistas discutiram a Sustentabilidade e a Economia Circular. “Ficou claro que a melhor maneira de ter um impacto positivo no nosso ambiente é cuidar do planeta e trabalhar por um mundo sustentável”, explicou.

“O consumidor pede sustentabilidade e empenho a todas as empresas, quer que sejamos sustentáveis e bons cidadãos”, referiu o líder da empresa especializada na distribuição de água com doseadores. Salientou ainda que a empresa aplicou em todos os seus processos um modelo “muito mais eficiente e sustentável, equilibrado e compatível com o ambiente, que se baseia na reutilização contínua tanto das embalagens, como dos doseadores de água e café”.

Entre os participantes na edição de 2020 da Cimeira, evento que tinha como objetivo fazer o balanço do papel dos diretores na economia circular e analisar o futuro das finanças sustentáveis, estavam dirigentes empresariais de empresas como Indra, Sanitas, Suez Espanha, Telefónica e Naturgy, cuja diretora de Ambiente e Responsabilidade Social, Nuria Rodríguez, salientou que “é muito importante que todos os agentes remem no mesmo sentido”.

Os empresários partilharam os seus conhecimentos para contribuir para a promoção de um modelo de negócio alternativo ao tradicional na procura de um modelo mais limpo, mais sustentável e mais responsável para o planeta.

Assim, Gutiérrez apresentou a sua “história de sucesso” como uma empresa nativa circular, uma referência neste sentido em Espanha. O CEO da Aquaservice salientou que a empresa tem a maior frota híbrida de camiões de baixa tonelagem da Europa (cada um reduz as emissões que irão captar 140 árvores).

“O nosso próximo passo é começar com este tipo de veículos 100% elétricos, que não existiam até agora, e para os quais já começámos a testar com várias marcas. O nosso objetivo é ser 100% neutro em carbono até 2030, tanto na fonte como na logística e fornecedores”, explicou.

Gutiérrez também refletiu sobre o que “ainda falta fazer” e, a este respeito, sustentou que “uma vez tomado este caminho, nunca há um fim e há sempre coisas a fazer”. “Utilizamos 100% de energia limpa, reutilizamos 80% dos nossos resíduos e queremos chegar aos 100. Trabalhamos no negócio do café em cápsulas monodoses e o nosso próximo desafio é convertê-lo também em circula e recolher e reciclar as cápsulas. Já estamos a trabalhar nisso”, concluiu.