Estas são as 30 seguradoras grandes demais para falharem
São seguidas por todo o mundo pelos supervisores de seguros, por serem grandes e muito internacionais. Após a crise de 2008 o G20 exigiu controlo global. Victoria Saporta lidera esse controlo.
Há 30 grupos seguradores globais que são seguidos pelos supervisores de seguros por todo o mundo. São classificados como Internationally Active Insurance Groups (IAIG) ou Grupos Seguradores Internacionalmente Ativos e para serem, não voluntariamente, incluídos neste grupo as seguradoras ou grupos seguradores obedecem a dois critérios: Internacionalização e dimensão.
Na componente internacional têm de emitir prémios de seguros em três ou mais jurisdições e que pelo menos 10% da sua faturação seja realizada fora da sua jurisdição da sua sede. Em dimensão têm de ter, na média dos últimos três anos, 10 mil milhões de dólares de prémios emitidos ou 50 mil milhões de dólares de ativos. Estima-se que nesta altura estejam identificados 48 IAIG, mas nesta altura apenas se conhecem 30.
No entanto, podem existir seguradoras que cumpram estes critérios e não estejam sob supervisão mundial e outras que não cumprem e estarem a ser vigiadas pela International Association of Insurance Supervisors (IAIS). Esta é uma organização de participação voluntária de cerca de 151 entidades de supervisão de seguros a nível mundial, que controlam companhias que significam 97% do total de seguros vendidos em todo o mundo. Liderada pela britânica Victoria Saporta, como Chair do Comité Executivo, conta com a ASF- Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões como membro responsável pela jurisdição Portugal.
A IAIS nasceu em 1994, tem sede em Basileia e opera como uma verein, um tipo de organização não lucrativa segundo a lei suíça, e foi chamada a assumir novas funções na sequência da crise financeira de 2008. Em novembro de 2010, o Financial Stability Board (FSB) apresentou na cimeira do G20 em Seoul um relatório onde indicava, entre outras entidades financeiras, 9 seguradoras que eram consideradas “grandes demais para falharem”, por os seus eventuais problemas representarem problemas para o setor e para economia global.
A organização ficou então de elaborar uma ComFrame – Common Framework for Supervision of Internationally Active Insurance Groups, um guia de normas de supervisão que permitisse uma visão global dos grupos. Depois de anos de afinação, em 2019 a ComFrame ficou finalmente estável e o primeiro grupo de IAIG foi tornada pública. Já neste verão foi revelada a lista dos 30 grupos que estão sob supervisão mundial.
Com outros grupos em vigilância e com outros que dispensam este controlo, neste momento são estes os grupos conhecidos que são objeto de supervisão a nível mundial:
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