PSI-20 lidera perdas na Europa
A Galp Energia seguiu a tendência do setor europeu, pressionando o índice português. Os títulos da petrolífera fecharam com uma queda de mais de 2%.
A praça lisboeta viveu a terceira sessão consecutiva de perdas, num dia em que o índice de referência da bolsa nacional foi o mais penalizado da Europa. O PSI-20 recuou 1,01%, para os 4.520,61 pontos, desempenho que contrasta com o avanço ligeiro de 0,06%, para os 340,19 pontos, registado pelo Stoxx 600, e de quedas mais ligeiras para a generalidade dos mercados acionistas europeus.
O índice que agrega as 600 maiores capitalizações do velho Continente inverteu logo no final de uma sessão que foi penalizada pelos títulos do setor de petróleo e gás, mas também pela banca em menor dimensão, numa altura em que persistem preocupações em torno da saúde financeira da banca europeia. O Deutsche Bank voltou a fechar em queda.
Já as perdas do setor de petróleo e gás ocorreram num dia em que as cotações do petróleo registam uma forte queda depois de o Irão ter avançado que não pretende congelar a produção da matéria-prima e do Goldman Sachs ter revisto em baixa a sua previsão para os preços do petróleo, para 43 dólares por barril. O Brent, cotado em Londres, recua 3,04%, para os 45,91 dólares.
Foi neste cenário que a Galp Energia foi o título que mais pesou no desempenho negativo do PSI-20. As ações da petrolífera recuaram 2,35%, para os 11,45 euros. Também na energia, a EDP desceu 0,34% para 2,928 euros e a EDP Renováveis caiu 0,45% para 7,095 euros, depois de a empresa liderada por Manso Neto ter anunciado ontem que estabeleceu um acordo com duas instituições financeiras, que não identifica, para o financiamento de “tax equity” no montante de 342 milhões de dólares (305 milhões de euros).
Na banca, os títulos do BCP recuaram 2,44%, para os 1,5 cêntimos por ação, enquanto os do BPI ficaram inalterados nos 1,13 euros, pela terceira sessão. A contribuir para a descida do PSI-20 estiveram também os CTT, que desvalorizam 1,48% para 5,975 euros, depois de terem tocado no novo mínimo histórico de 5,92 euros. Já à Mota-Engil coube liderar as quedas do índice nacional: 1,58%, para 3,6 euros.
Em alta, destaque apenas para quatro títulos. A Pharol foi a cotada que mais valorizou: 1,67%, para os 0,244 euros por ação.
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