Brasil RE e B3 desenvolvem plataforma blockchain para mercado de seguros
A ferramenta tecnológica chegará ao mercado em 2021, e possibilitará concluir, em segundos, processos que hoje podem durar meses, afirma a resseguradora brasileira.
A IRB Brasil RE, maior companhia de resseguro no país, assinou um acordo de parceria com a B3, entidade que agrega os principais mercados bolsistas da federação, “para desenvolver uma plataforma inédita no Brasil para conectar corretores, seguradoras e resseguradoras em uma única rede e permitir que as operações, envolvendo contratos de seguros e resseguros, sejam realizadas via internet”, anunciou a IRB Brasil RE.
Criada em 2008, a tecnologia blockchain já é utilizada pelo mercado financeiro e “funciona, na prática, como um livro de registos virtual formado por uma rede incorruptível de blocos”, explica a Brasil RE. Tal estrutura não permite alteração das informações e oferece criptografia segura para a troca, em grande volume, de ativos digitais, sem a necessidade de um intermediário, reforça a fonte. “Aplicada ao setor de seguros e resseguros, possibilitará negociações multilaterais, com segurança, alta velocidade e oferta de informações precisas em tempo real”, garante o comunicado no site da instituição.
“A união do IRB, com mais 80 anos de experiência no mercado de seguro e resseguro, e da B3, com know-how e capacidade de processamento de registos e de liquidações financeiras, além de todas as credenciais conferidas pela Susep, endossa o avanço seguro dessa nova tecnologia no mercado”, disse o CEO e presidente do Conselho de Administração do IRB, Antônio Cássio dos Santos. “É mais um sinal inequívoco de que estamos dando ênfase no processo de transformação digital, por meio de inovação e parcerias disruptivas”, completou o responsável citado na imprensa brasileira.
A IRB Brasil Resseguros SA (IRB Brasil RE) tem origem no antigo Instituto de Resseguros do Brasil, por sua vez criado em 1939 com a missão de reter no país os riscos de empresas nacionais que antes eram transferidos para o exterior.
O Instituto passou por diversas alterações estatutárias e societárias. Em 1960, foi dotada de competências de regulação do mercado de resseguro a partir da criação do Sistema Nacional de Seguros Privados. No ano 2000, o organismo transferiu para o organismo brasileiro de supervisão (Susep) a responsabilidade pela regulação do mercado de resseguro. Em 2007, o IRB encerrou um ciclo de quase sete décadas, virando a página com o fim do monopólio no mercado brasileiro de resseguro e, em 2013, transformou-se numa sociedade de capitais privados, a IRB Brasil RE.
Em 2017, com a nova plataforma bolsista brasileira (B3), a companhia foi admitida no mercado acionista e assume a 8ª posição entre os 10 maiores resseguradores do mundo em valor de mercado, refere o cronograma institucional da companhia brasileira. A companhia opera em praticamente todas as linhas de resseguro e é maioritariamente participada pela Bradesco Seguros, Itaú Seguros e a norte-americana BlackRock.
Já a B3 (“Brasil-Bolsa-Balcão”), com é designada a gestora e operadora dos mercados de valores mobiliários do Brasil (desde março de 2017), resultou da fusão das operadoras de bolsa BM&F e Bovespa (combinadas em 2008) com a Cetip (central de custódia e liquidação criada em 1984, com o apoio do Banco do Brasil).
Desde a sua constituição há três anos, a B3 assume-se como maior depositária de títulos de renda fixa da América Latina e a maior central de ativos privados do país.
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