Gestprint quer derrogação do lançamento de OPA à Lisgráfica

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

A Gestprint, representando os dois acionistas da Rasográfica, remeteu à CMVM um requerimento para derrogação do dever de lançamento de OPA, que se encontra em análise.

A Gestprint, em representação dos acionistas da Rasográfica, entregou um requerimento para a derrogação do dever de lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), no âmbito do plano de recuperação da Lisgráfica.

“Em fins de abril de 2020, a fim de dar cumprimento ao plano de recuperação […], a sociedade Gestprint – gestão e Comércio de Indústrias Gráficas e Afins […] e a sociedade Columbia Systems […] compraram em partes iguais a totalidade do capital social da sociedade Rasográfica – Comércio e Serviços Gráficos […], a qual se manteve titular de 95.196,620 ações representativas de 50,99% do capital social e 51,37% dos direitos de voto da Lisgráfica”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na sequência desta operação, a Gestprint manteve 38,97% e a Rasográfica 51,37% dos direitos de voto na Lisgráfica.

Tendo em conta não existir qualquer acordo parassocial entre a Gestprint e a Colúmbia, a imputação dos direitos de voto na Lisgráfica mantém-se na Rasográfica.

Em consequência desta compra, no final de abril, a Gestprint, representando os dois acionistas da Rasográfica, remeteu à CMVM um requerimento para derrogação do dever de lançamento de OPA, que se encontra em análise.

Em fevereiro de 2019, a Lisgráfica tinha um plano de revitalização e outro de recuperação, ambos aprovados e homologados, tendo optado por prosseguir o Plano de Recuperação no âmbito do processo de insolvência.

Em abril de 2018, o plano de revitalização da Lisgráfica foi aprovado, mas em julho o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa recusou a homologação do mesmo, tendo, por isso, a empresa interposto no Tribunal da Relação de Lisboa um recurso.

Tendo em conta a não homologação do plano verificou-se uma conversão para um processo de insolvência, no âmbito do qual a Lisgráfica apresentou um Plano de Recuperação, que foi, posteriormente, aprovado e homologado.

No final de 2018, o Tribunal da Relação de Lisboa revogou a decisão de não homologação.

A Lisgráfica, grupo de impressão de jornais e revistas, voltou aos prejuízos no ano passado, com resultados líquidos de 5,4 milhões de euros negativos, face aos lucros de 8,2 milhões de euros registados em 2018.

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