Portugueses menos confiantes nas vacinas, notícias e Governo
Entre os europeus, os portugueses continuam a ser aqueles que mais querem vacinar-se contra a Covid-19. Ainda assim, a percentagem diminuiu de 75% em junho para 63% em setembro.
Os portugueses estão menos confiantes nas notícias nacionais e do Governo quanto à pandemia, bem como a vacinarem-se e aderirem a medidas de proteção contra a covid-19, conclui um inquérito europeu realizado em setembro.
Depois dos questionários online em abril e junho, o terceiro inquérito realizado este ano sobre a covid-19, a 7.000 europeus – da Alemanha, Dinamarca, França, Holanda, Itália, Reino Unido e Portugal -, dos quais 1.000 portugueses, revelou uma “ligeira diminuição” na confiança nas informações das notícias nacionais e veiculadas pelo Governo quanto à pandemia.
O estudo conclui também por uma redução da confiança na segurança da vacina covid-19 em todas as categorias de idade, regiões (exceto Açores), sexos e níveis de educação, comparando com os resultados do primeiro inquérito, em junho, quando eram 70% os inquiridos portugueses confiantes acerca da segurança da vacina, percentagem que baixou para 54% em setembro.
Apesar de os portugueses continuarem a ser, entre os europeus, aqueles que mais querem vacinar-se contra a covid-19, diminuiu – de 75% em junho para 63% em setembro – a percentagem de nacionais dispostos a vacinar-se, com 12% dos inquiridos a responder não querer mesmo vacinar-se e 25% a dizer não ter a certeza.
Os motivos da diminuição são dois: não considerar a vacina segura, medo de efeitos secundários e, com um peso pouco expressivo, não considerar a doença importante e convicções, como deixar a natureza seguir o seu curso, usar remédios naturais e motivos religiosos.
O inquérito, que juntou investigadores da Universidade de Hamburgo, Rotterdam Erasmus University, Bocconi University e, em Portugal, da Nova SBE, conclui ainda existir uma “ligeira diminuição” quanto a manter uma distância social de um metro, como medida de proteção, especialmente para pessoas com menos de 25 anos, e evitar abraços, beijos e apertos de mão, mas esta redução não demonstra mudanças drásticas como acontece em outros países.
No primeiro inquérito, em abril, eram 65% os portugueses a afirmarem manter a distância social, percentagem que baixou para 55% em junho e para 52% em setembro. Já quanto a evitar abraçar, beijar e apertos de mão, a percentagem também baixou, de 84% em abril, para 73% em junho e 65% em setembro.
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