Grupo RSA avalia proposta de compra por 7,9 mil milhões de euros
A companhia londrina com raiz tricentenária na atividade seguradora confirmou que recebeu proposta de um consórcio disposto a formalizar oferta conjunta de aquisição do grupo britânico.
O RSA Insurance Group Plc confirmou abordagem conjunta da canadiana Intact Financial Corporation (Intact) e a dinamarquesa Tryg A/S (Tryg), associadas em consórcio, para uma possível oferta de aquisição da RSA, tendo como contrapartida pagamento em dinheiro, revela carta e outra comunicação distribuídas pela administração do grupo britânico, respetivamente, a acionistas e investidores.
Com base nos termos preliminares, a eventual transação seria realizada por um montante estimado de 7,1 mil milhões de libras esterlinas (cerca de 7,9 mil milhões de euros ao câmbio corrente), sendo que a Intact pagaria 3 mil milhões e a Tryg cerca de 4,2 mil milhões de libras, detalha a RSA. Em resultado da aquisição conjunta, a Intact ficaria com as operações da RSA (antiga Royal Sun & Alliance) no Canadá, Reino Unido e a divisão internacional. Por seu lado, a Tryg tomaria as atividades do grupo britânico na Suécia e na Noruega, enquanto as operações na Dinamarca, onde o negócio da RSA representa mil milhões de dólares de prémios anuais, passariam a ser detidas conjuntamente pela Tryg e a Intact.
De acordo com a informação divulgada pela RSA, a eventual transação fortaleceria a posição da Intact no mercado canadiano de P&C, reforçando também perspetivas da norte-americana em linhas comerciais e de especialidade nos mercados britânico e internacional.
No caso, a Tryg, além do reforço de quota nos mercados escandinavos, a companhia dinamarquesa poderia gerar sinergias estimadas em 900 milhões coroas dinamarquesas, em termos anualizados.
O anúncio da RSA não constitui garantia de que o processo resulte em acordo para uma oferta vinculativa de aquisição, adverte o grupo segurador britânico que tem a liderança executiva entregue a Stephen Hester, CEO nomeado em 2014. Mas, de acordo com a imprensa, as proponentes já iniciaram procedimentos de due diligence, e a administração da RSA inclina-se para recomendar a aceitação dos termos da potencial oferta de aquisição. Ainda, segundo informação da companhia alvo de potencial OPA, e à luz dos regulamentos, os interessados dispõem de um prazo, até 3 de dezembro, para formalizarem oferta firme.
Segundo números compilados pela Bloomberg, o valor global das operações de fusão e aquisição (MA) envolvendo companhias de seguros cresceu perto de 50% este ano, face a 2019, aproximando-se dos 130 mil milhões de dólares e a beneficiar dos 30 mil milhões envolvidos na combinação entre as corretoras e consultoras de risco Aon e a Willis Towers Watson (WTW).
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