Seguradoras quebram 25% nos 9 primeiros meses do ano
Os dados da ASF até setembro confirmam forte redução da produção do setor. Nos 22 grupos com base em Portugal, apenas 6 cresceram vendas. Fidelidade mantém liderança e quota de mercado.
A Fidelidade manteve a liderança e a quota de mercado entre as seguradoras de direito português nos primeiros nove meses de 2020 em comparação com igual período do ano passado. O grupo Ageas baixou a quota para 18% e o grupo Tranquilidade/Generali subiu para 13% a sua penetração do mercado, revelam dados divulgados pela ASF, a entidade supervisora, e agregados por ECOseguros.
As 39 seguradoras sob supervisão pela ASF representam 88,3% do total dos prémios emitidos, sendo o restante resultado de vendas de sociedades com sede em outros países da União Europeia. Daí que o ranking não inclua, por exemplo, os ramos Não Vida da Zurich, relevantes no mercado nacional, e que são comercializados em nome de uma seguradora do grupo suíço com sede fora de Portugal.
As companhias são divididas pela ASF em 13 seguradoras Vida, que nos primeiros 9 meses deste ano desceram vendas em 44%, 24 companhias Não Vida que cresceram 4% no seu conjunto e 4 companhias mistas, estas que trabalham todos os ramos e que baixaram vendas em 16%.
No total o mercado controlado pela ASF emitiu 6.303 milhões de euros em prémios, um valor 25% inferior ao que se registava no ano passado também no final de setembro. ECOseguros agregou as 39 companhias em 22 grupos ou companhias independentes e elaborou um ranking por dimensão baseado no volume de prémios emitidos.
A Fidelidade lidera esse ranking ao 9º mês do ano, mantendo a quota de mercado mas baixando as suas vendas em linha com a quebra global do mercado. O grupo Ageas, que tem forte presença nos ramos Vida, baixou 31% as suas vendas, quebrando 2% a sua parte de mercado. Já a Tranquilidade/Generali subiu 2% e tem agora uma quota de mercado de 13%. Se para a empresa italiana uma carteira relativamente reduzida em Vida permitiu essa subida, o mesmo sucedeu com a Allianz que melhorou a sua quota para 7,4% do mercado português, fechando o top 5 o conjunto das seguradoras do Banco Santander, um grupo também exposto à quebra geral do ramo Vida.
Para além da Tranquilidade/Generali e da Allianz, com 2% de crescimento cada uma, apenas as seguradoras CA (do Crédito Agrícola) subiram vendas em 3%, o ACP em 47%, mas partindo de uma base reduzida, e a Caravela que mantém um crescimento de 30% tornando-se a 13ª maior seguradora portuguesa quando era 16ª há um ano.
A concentração do mercado continua elevada, os 3 primeiros grupos representam 60% do volume de prémios emitidos em 2020 (58% em 2019), os 5 primeiros têm 75% do mercado (71%) e os 10 maiores controlam 92% das vendas (91% há um ano).
Os maiores grupos em Portugal são:
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