A APS lançou o livro “Talvez uma app”, o 7º da coleção Seguros e Cidadania. Em entrevista as autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães explicam como conhecimento pode ser entretenimento.
“Desde 2012, a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) tem vindo a implementar um programa de educação financeira, que inclui várias abordagens, destinadas essencialmente ao público mais jovem e cujo objetivo consiste em transmitir conhecimentos em relação à importância dos seguros no dia a dia”, explica José Galamba de Oliveira, presidente da APS, acrescentando que os livros das autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães “são um dos seus principais eixos e, anualmente, as autoras desenvolvem narrativas que, de forma criativa, abordam questões como a importância da proteção contra os vários riscos ou as soluções disponíveis em caso de infortúnio”.
Para Galamba de Oliveira, “se os jovens forem cidadãos informados sobre o risco, a prevenção e o seguro, estarão melhor capacitados para, no futuro, estarem melhor protegidos e tomarem decisões mais acertadas e ajustadas às suas necessidades”. Quanto ao mais recente livro diz que “procura mostrar a importância das apps para a relação das empresas de seguros com os seus clientes, em todas estas fases, seja na avaliação do risco, seja na prevenção, seja na proteção das pessoas”, conclui.
A obra agora lançada “Talvez uma APP” é a 5.ª desta coleção, destinada a jovens do 3.º ciclo, e a 7.ª do total de livros lançados pela APS no âmbito da coleção Seguros e Cidadania. As autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, dupla com vasta obra destinada ao público juvenil, explica em entrevista a ECOseguros a criatividade por detrás das obras.
Quais as ideias novas e inovações que este livro transmite?
O livro Talvez uma App procura transmitir aos jovens a ideia de que o mundo digital é um domínio que podem colocar no horizonte das suas aspirações profissionais. Já o frequentam intensamente como utilizadores, mas podem ir mais longe e tentar ser criadores. Escolhemos a área da criação de Apps para o setor do seguro como exemplo de atividade em que podem tentar intervir, para poderem ganhar experiência e poderem tornar-se competentes. As Apps são úteis, são práticas e muito usadas pelas seguradoras para tornar o seu relacionamento com os clientes mais fácil e amigável.
As autoras inspiram-se na sua vivência ou também se informam sobre as novidades que vão acontecendo no mercado?
Sempre que escrevemos um livro procuramos usar a nossa experiência, claro, mas não iniciamos o planeamento da história enquanto não conseguimos obter informação correta e atual acerca dos assuntos que queremos incluir. O conhecimento está sempre a evoluir e mesmo que já tenhamos estudado um tema esforçamo-nos por recolher informação que nos permita saber o que o trabalho mais recente acrescentou ao que já se sabia. No caso desta história, não sabíamos praticamente nada sobre as Apps do setor do seguro, mas a Associação Portuguesa de Seguradores facultou-nos informação escrita e pôs-nos em contacto com profissionais que nos ajudaram a compreender quais os pontos essenciais que estão em cima da mesa e qual o papel das Apps no relacionamento entre as seguradoras e os seus clientes. A história é totalmente criada por nós, compomos personagens e situações, estruturamos um enredo onde possamos incluir o assunto que queremos transmitir e sobre o qual procuramos que os leitores reflitam.
Sentem que a poupança dos jovens é um conceito presente, não para a reforma, mas para uma viagem, uma compra?
Os jovens são naturalmente influenciados pelo ambiente social em que vivem. Numa sociedade em que as pessoas não tenham a preocupação de poupar torna-se difícil que sejam os jovens a dar o exemplo. Mas a escola está a oferecer um bom contributo com a educação financeira, lecionada no âmbito da área curricular Cidadania e Desenvolvimento. Os jovens tendem a projetar o futuro a curto prazo, mas quando surge mais informação e mais debate sobre o tema da poupança adquirem consciência da necessidade de gerir bem os seus recursos financeiros e a poupança ganha mais significado.
Que evolução têm reparado no comportamento dos leitores alvo, em relação ao seu grau de interesse e literacia financeira, durante o tempo em que fazem literatura para jovens?
Os leitores interessam-se em primeiro lugar pela história que lhes contamos. Ensinar literacia a seco não será nunca muito atraente para gente nova, mas uma história, em que as personagens se tornem próximas e em que as situações que se tornem significativas, pode atrair os leitores e levá-los a pensar nos assuntos que lhes propomos. Nos livros da coleção “Seguros e Cidadania” da APS, o tema é a literacia financeira. Graças às leituras e ao trabalho de educação financeira das escolas, os jovens estão hoje mais atentos a estes temas e cada vez mais bem preparados para organizar a vida de modo a não correrem riscos desnecessários.
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“Literacia a seco nunca será muito atraente para jovens”
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