Alibaba e Tencent a caminho da “lista negra” dos EUA

  • ECO
  • 7 Janeiro 2021

A administração de Donald Trump continua a fazer "mira" ás empresas chinesas. Departamento de Defesa estará a ponderar incluir também a Alibaba e a Tencent na sua "lista negra".

A poucos dias de abandonar a Casa Branca, a administração de Donald Trump continua a fazer “mira” às empresas chinesas. Depois de Washington ter decidido incluir mais de 70 empresas e instituições chinesas na sua lista “negra”, as autoridades norte-americanas estarão a ponderar incluir também a Alibaba e a Tencent, avança o Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

Os funcionários do departamento de Defesa norte-americano, responsável por elaborar esta lista, ainda não finalizaram os planos, estando ainda a discutir se incluem ou não outras empresas chinesas à lista, apontam duas fontes próximas do processo. Questionadas, tanto a Alibaba como a Tencent não quiseram fazer comentários.

Na sequência desta notícia, as ações da Alibaba, a maior empresa de comércio eletrónico da China, caíram 5,35% na Bolsa de Valores de Hong Kong desta quinta-feira, enquanto a Tencent perdeu 4,7%.

A verificar-se esta decisão, será mais um passo para a escalada de tensões entre duas das maiores potências mundiais. Contudo, alguns investidores expressam ceticismo sobre possíveis restrições a longo prazo a estas empresas, já que valem 1,3 biliões de dólares e são amplamente detidas por investidores norte-americanos sendo por isso um golpe financeiro muito drástico.

“É uma política muito dura e há dinheiro suficiente na Ásia, muito e cada vez mais, pelo que não se deve forçar essas empresas a sair da América”, aponta Thomas Caldwell, presidente da Caldwell Investment Management em Toronto, em declarações à Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Em novembro, Trump intensificou as medidas contra as empresas chinesas através de uma ordem executiva que proíbe os investidores americanos de comprar ações de empresas chinesas. Mais recentemente, esta terça-feira, o republicano proibiu transações com oito aplicações de software chinesas, incluindo a app Alipay do Ant Group, o QQ Wallet e o WeChat Pay da Tencent.

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