Risco Diretores e administradores tende a agravar-se em 2021

  • ECO Seguros
  • 11 Janeiro 2021

O aumento previsto de ações legais contra administradores e diretores (D&O) não acontecerá só no Reino Unido, mas também em Espanha, na Alemanha, EUA, Austrália, Singapura e nos Emirados.

2021 será um ano difícil para administradores e executivos de empresas (D&O), prevendo-se aumento das reclamações em resultado de maior número de insolvências, sustenta Simon Konsta, sócio do escritório Clyde & Co, em Londres.

“A opinião da nossa rede de especialistas é que, embora medidas legislativas como o “Corporate Insolvency and Governance Act”, adotado pelo Reino Unido em 2020, ofereçam alguma proteção aos administradores das empresas que enfrentam dificuldades financeiras, os processos de insolvência serão um forte impulsionador do risco D&O em 2021“, adianta Konsta referindo que, o aumento das ações legais contra administradores e diretores (D&O) não acontecerá só no Reino Unido, mas também em Espanha, na Alemanha, EUA, Austrália, Singapura e nos Emirados.

À medida que o número de insolvências relacionadas com a Covid-19 aumentar, registar-se-á um acréscimo no número de processos de indemnização contra profissionais como agentes imobiliários, solicitadores, contabilistas e auditores, sustenta o perito em consultoria jurídica.

Segundo o perito em prática legal em litígios de responsabilidade profissional, em comparação com a crise financeira desencadeada em 2008, as empresas atuais e os profissionais que as aconselham são atualmente “definitivamente melhores” do que naquela altura, por existirem regimes reguladores mais rigorosos. Mas, ao mesmo tempo, as empresas enfrentam agora expectativas elevadas – e o público não hesitará em encontrar alguém a quem culpar se essas expectativas não forem satisfeitas.

“A alimentar as expectativas de partes interessadas de que ‘alguém’ deve ser obrigado a pagar pelo fracasso das empresas estão os financiadores de litígios que estão cada vez mais virados para o modelo empresarial dos advogados de reclamações e, portanto, muito mais propensos a serem um fator de reivindicações de liquidatários e de terceiros contra profissionais em 2021″, acrescentou Konsta.

O especialista espera que um maior volume de reclamações de insolvência financiadas tenha “importantes implicações práticas e estratégicas para as empresas, os seus consultores e, em última análise, as suas seguradoras”.

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