Têxtil Polopiqué fixa salário mínimo em 700 euros
A retribuição mínima garantida é de 665 euros, mas o grupo têxtil Polopiqué fixou para o ano de 2021 um salário mínimo de 700 euros, o que abrange cerca de 550 trabalhadores.
O grupo têxtil Polopiqué fixou um salário mínimo de 700 euros para 2021, acima dos 665 euros de salário mínimo nacional decidido pelo Governo. A decisão da administração liderada por Luís Guimarães abrange cerca de 550 trabalhadores das várias empresas e é particularmente relevante num contexto de crise e de um novo confinamento geral do país que começa já neste dia 15 de janeiro.
Empresa líder na indústria têxtil de vestuário, com uma faturação em torno dos 110 milhões de euros, o grupo Polopiqué nasceu em 1996 e domina todas as fases do processo produtivo têxtil, desde a fiação, passando pela tecelagem e ultimação, até à confeção e comercialização de produtos finais de segmento de alta qualidade. Luís Guimarães definiu desde o início a política social como uma das prioridades.
Em março do ano passado, aquando do primeiro confinamento geral, com a produção quase parada sem encomendas ou com encomendas suspensas, a Polopiqué decidiu entregar um cabaz de bens alimentares a todos os trabalhadores (cerca de mil) diretamente em casa, para evitar a necessidade de deslocação a supermercados e hipermercados quando ainda não havia informação sobre as fontes de contágio de Covid-19.
Além do salário mínimo de 700 euros para todos os trabalhadores e do seguro de saúde e de vida para os trabalhadores, cônjuges e dependentes, além de uma cantina que tem almoços a um valor simbólico de 1€, a Polopiqué também avalia anualmente a distribuição de uma percentagem de lucros registados.
As contas de 2020 não estão fechadas, mas a Polopiqué quer crescer em 2021, e espera que o novo confinamento não tenha as mesmas consequências registadas no ano passado, particularmente a suspensão de encomendas. E garante que vai continuar a investir.
Em 2017, o grupo Polopiqué concluiu um investimento numa nova fiação de raiz, vocacionada essencialmente para a produção de fios finos, mesclas e fios de cor, permitindo o aumento da produção mensal para 360 toneladas. No total, o investimento da Polopiqué na fiação ascende já a 30 milhões de euros, valor que integra a aquisição, em 2010, e a posterior renovação da Fiateviz e a criação desta nova unidade.
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