Mais 85 mil acidentes de trabalho em nove meses de 2020

  • ECO Seguros
  • 20 Janeiro 2021

De janeiro a setembro de 2020, as seguradoras registaram cerca de 84,68 mil participações de acidentes de trabalho, com as indústrias transformadoras a representarem um quarto do sinistro laboral.

O setor que agrupa entidades com Atividades de saúde humana e apoio social foi o quarto com mais participações de acidente de trabalho até final de setembro de 2020. Nos primeiros nove meses do ano, as CAE de Saúde e Apoio Social representaram 9% do total de participações de acidente de trabalho, indicam dados estatísticos da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Globalmente, a análise estatística da APS para os primeiros nove meses do ano situa mais de dois terços dos sinistros ocorridos “em estabelecimento” e contabiliza 84677 participações de acidentes de trabalho, sendo que o absoluto correspondente aos 9% da CAE Saúde e Apoio Social traduz 7620 participações de acidente.

Os indicadores resultam da amostra das participações eletrónicas registadas (Segurnet) pela APS e colocam as Indústrias Transformadoras no topo da sinistralidade participada, com 25% do total de participações, seguida da CAE (código de atividade económica) Comércio por grosso e a retalho e a reparação de veículos, com 15%. À frente da Saúde e Apoio Social, o terceiro setor mais representado nas participações da sinistralidade laboral é a Construção (14%), enquanto as Atividades administrativas e Serviços de apoio pesaram 7%, completando o top5, revela o relatório trimestral da Associação de Seguradores.

De acordo com os dados relativos à distribuição etária da amostra, os intervalos de 35-44 anos e 45-54 anos de idade concentram o maior número de sinistros, tanto em participações envolvendo acidentados homens como mulheres. A idade média dos sinistrados rondou os 43 anos, enquanto os grupos profissionais com maior sinistralidade (acidentes no estabelecimento) foram “Trabalhadores Qualificados da indústria, construção e artífices” e os “Trabalhadores não qualificados”, representando em conjunto mais de metade (54%) da amostra.

A distribuição geográfica dos sinistros (por NUTS II) localizou-se, por maioria, no norte (37%) e no centro (28%), seguindo-se a área metropolitana de Lisboa (25%). Por fim, quanto a sazonalidade, janeiro (19625) e fevereiro (17241) apresentaram o maior número de participações no primeiro trimestre, liderando também no conjunto dos primeiros nove meses de 2020. O segundo pico registado no número de sinistros de trabalho aconteceu em maio e junho.

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