Chubb fechou 2020 com lucro de 3,53 mil milhões, menos 21% face a 2019

  • ECO Seguros
  • 4 Fevereiro 2021

A companhia ganhou 2,42 mil milhões de dólares no 4ºT de 2020 (+106,2% face a um ano antes). Encarando 2021, o CEO da companhia adianta que as condições de mercado se mantêm e a perspetiva é crescer.

A Chubb Limited, companhia global de P&C (seguros de danos e acidentes em linhas pessoais e comerciais), registou crescimento anual de 4,8% no volume líquido de prémios emitidos (face a 2019), totalizando 31,3 mil milhões de dólares. O resultado da atividade de subscrição deslizou 55,6% em 2020, para 1210 milhões de dólares, penalizando o rácio combinado (indicador de eficiência) que se agravou dos 90,6% (calculados em 2019) para 96,1% no final de 2020, indica um comunicado da seguradora presente em Portugal.

Com o resultado líquido anual (lucro) a cifrar-se em 3,53 mil milhões de dólares (cerca de 2,94 mil milhões de euros), encolhendo 20,7% face ao conseguido no exercício precedente, as perdas líquidas decorrentes dos gastos com catástrofes (incluindo cerca de 1,2 mil milhões de dólares associados à Covid-19) pesaram 2,78 mil milhões de dólares (após impostos), quase a triplicar os 966 milhões de dólares indicados um ano antes. Estas perdas são reportadas em base IBNR (perda incorrida, mas não reportada). Excluindo o montante IBNR das perdas com catástrofes, o rácio combinado melhorou, de 89,2% para 86,7%, de um ano apara o outro.

Na sua comunicação, o grupo sediado na Bermuda, cita o presidente e CEO da Chubb Ltd. Evan Greenberg destacou “excelente 4º trimestre”, salientando que o resultado líquido cresceu, a margem de subscrição melhorou e os prémios das linhas comerciais progrediram a dois dígitos. “O nosso resultado de subscrição em P&C aumentou 82%, com rácio combinado de 87,6%, a comparar com 92,7% no ano anterior.”, sintetizou.

Nos últimos três meses de 2020, o lucro líquido da companhia alcançou 2,42 mil milhões de dólares, a subir 106,2% face ao apurado um antes. O negócio P&C cresceu 5,4% em prémios líquidos, enquanto o resultado de subscrição progrediu 81,8%, alcançando 969 milhões de dólares. Nas linhas comerciais, as taxas P&C elevaram-se em média 16,5% no mercado norte-americano e em 18,5% no negócio internacional. No segmento dos seguros gerais, as subidas variaram de 11,5% na América do Norte e 15,5% na operação global.

Perspetivando adiante, Greenberg referiu “Estamos a começar bem” 2021 “com o crescimento e o nível de subida nos preços comerciais de P&C semelhantes às condições de subscrição do quarto trimestre” (de 2020), afirma o CEO citado no comunicado

No negócio de resseguro, a Chubb contabilizou 125 milhões de dólares de prémios líquidos emitidos, 14,4% mais do que em 2019, com rácio combinado de 99,6%, menos confortável do que os 94,6% de um ano antes.

Relativamente ao impacto da pandemia Covid-19 no exercício, o relato anual da Chubb refere não existirem alterações face ao que indicou como encargo agregado para P&C no balanço do primeiro semestre de 2020.

Assim, em julho de 2020, reportando evolução da primeira metade do ano, a companhia estimou o “impacto global” de perdas com a pandemia de Covid-19 em 1,36 mil milhões de dólares (antes de impostos). Deste montante, 605 milhões de dólares relacionados com cancelamento de eventos (entretenimento); encerramento de estabelecimentos e interrupção de negócios (coberturas de linhas comerciais), viagens e ramo Saúde.

Outra fatia da fatura (553 milhões) liga-se com responsabilidades em coberturas D&O (administradores e executivos), responsabilidade profissional, indemnizações laborais e produtos comercializados por empresas seguradas. Por fim, 107 milhões de dólares resultavam de garantias, seguros de crédito e coberturas de risco político. Em boa parte das duas últimas parcelas, somando perto de 660 milhões, os encargos foram assumidos em termos IBNR.

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