João Leão espera transferir menos de 480 milhões para o Novo Banco
O ministro das Finanças tem a expectativa de que o Novo Banco vai pedir menos dinheiro do que o que foi orçamentado. A TAP, ao contrário, vai precisar de mais dinheiro. E o PIB vai crescer 4,1%.
O ministro das Finanças, João Leão, espera transferir menos do que 480 milhões para o Novo Banco no âmbito da garantia pública negociada com o fundo Lone Star por conta dos resultados de 2020, que ainda não foram anunciados. Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, o ministro acrescenta, de qualquer forma, que os contratos são para cumprir.
A garantia pública negociada com os donos do Novo Banco foi de 3,9 mil milhões de euros e ainda estão disponíveis cerca de 900 milhões. O Governo orçamentou 476 milhões de euros, valor que foi chumbado no Parlamento, mas o Governo repetiu que haveria uma solução jurídica para fazer cumprir o contrato. Só que na última entrevista ao ECO, António Ramalho escusou-se a comentar os valores que o Novo Banco apresentaria ao Fundo de Resolução.
Já em relação à TAP, João Leão não tem dúvidas de que será necessário injetar mais dinheiro na empresa, para além dos 500 milhões orçamentados, mas ainda assim não será necessário um Orçamento Retificativo.
Nesta entrevista, o ministro das Finanças aponta para um crescimento do PIB em 2021 idêntico ao anunciado esta semana pela Comissão Europeia de 4,1%. “Portugal vai ter um crescimento bastante robusto mas só a partir do 2º semestre”.
João Leão assegura que enquanto a atividade económica estiver condicionada, os apoios vão continuar, nomeadamente ao nível do programa Apoiar, mas também das moratórias, que poderão passar a ser direcionadas para setores específicos a partir do segundo semestre. Ainda assim, o défice, segundo ministro das Finanças, deverá manter-se conforme estava previsto, “em torno dos 6,3%”. João Leão rejeita a crítica de que poupou na execução da despesa em 2020, e adianta que o governo gastou o que foi “considerado adequado”.
Nesta entrevista o ministro revelou ainda que Paulo Macedo vai manter-se à frente da CGD e admite ir buscar dividendos ao banco público.
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