CNP Assurances tem novo CEO e quebra de 14% no resultado anual

  • ECO Seguros
  • 23 Fevereiro 2021

A estatal francesa de seguros Vida e previdência estima 400 milhões de euros de impacto negativo por Covid-19 na operação europeia, sem França, onde o efeito da crise sanitária penalizou o ramo Vida.

A CNP Asssurances, controlada em cerca de 62% pelo estatal Banque Postale desde o ano passado, apresentou 1,35 mil milhões de euros de resultado líquido, em decréscimo de 4,4%, com o resultado de exploração (ebit) a recuar 14% (-5,7% a taxas de câmbio constantes), para 2,61 mil milhões de euros no exercício de 2020, revelou a companhia.

A receita consolidada (prémios e poupança) ascendeu a cerca de 27 mil milhões de euros, em declínio de 17% e a refletir o impacto da crise provocada pela pandemia de covid-19.

A crise sanitária resultou num impacto global negativo de 3,5 mil milhões de euros no volume de negócios, dos quais 2,4 mil milhões em França, 700 milhões de euros na América Latina e 400 milhões de euros na Europa (excluindo o mercado francês).

De acordo com um comunicado da companhia, no principal mercado da instituição (França), o volume de prémios recuou 21,4%, para 16,3 mil milhões de euros, sendo que a área de poupança e reforma, fortemente ligada às parcerias de distribuição com os franceses Banque Postale e o BPCE (acionista que detém 16,1% do capital do grupo), contabilizou declínio de 26,3%, com a receita a situar-se nos 12,2 mil milhões de euros, cerca de 75% do volume de negócio desenvolvido pela CNP no seu mercado doméstico. No negócio de seguros pessoais, os prémios decresceram 2%, para 4,1 mil milhões de euros.

No resto da Europa (excluindo França), o volume líquido de prémios de seguro cresceu 3,4%, para os 298 milhões de euros, beneficiando de redução de custos na operação em Itália.

No perímetro consolidado, o requisito de capital de solvência (SCR) foi calculado em 208% no termo de 2020, a comparar com 227% estimados no final de 2019.

Na liderança do grupo, Antoine Lissowski, atual CEO, vai reformar-se e será substituído, em abril, por Stéphane Dedeyane, de 55 anos. O novo diretor-geral da CNP Assurances acumula mais de 30 anos na indústria de seguros. Esteve cerca de 18 anos na Generali France, onde exerceu diversos cargos de responsabilidade. Mais recentemente, de outubro de 2018 a fevereiro de 2019, Dedeyane exerceu funções de CEO (Chief Executive Officer) na mútua da área de saúde VYV.

Entre as tarefas que cometem Dedeyan no novo mandato, além do desenvolvimento estratégico que agora é maioritariamente definido pelo Banque Postale, espera-se que o novo CEO acelere o programa internacional de parcerias da entidade francesa de seguros e previdência.

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