Pelayo renova marca, duplica lucros e elege nova administração

A Pelayo, companhia que se coloca como segunda maior entre as mútuas espanholas de seguros, decidiu renovar a sua imagem, um projeto de reposicionamento da marca que é apenas o vértice no “processo de transformação da seguradora”, no quadro de um plano estratégico trienal, no sentido de evoluir para um “modelo baseado na relação com os clientes”, tornando-se também uma companhia “mais ágil, comprometida e próxima”, anunciou a entidade.

A renovação da marca está a ser promovida através da uma ampla campanha de marketing e comunicação, focando a Pelayo como uma seguradora em que o diálogo e a proximidade pautam o caminho escolhido para oferecer soluções “mais personalizadas para clientes mais exigentes com os seguros”.

“Estar mais próximo das pessoas resume o novo posicionamento da empresa. Todo o trabalho desenvolvido ao longo de mais de um ano reflete-se numa nova marca que sabe ouvir e dialogar e que está em evolução contínua”, afirma Emma Ruiz Azcárate, diretora de Marketing da Pelayo.

As ações de comunicação centram-se no papel dos funcionários da seguradora, elemento diferenciador da empresa e a “peça chave da união com os clientes,” salienta um comunicado da seguradora espanhola.

Mudança na administração e lucros a crescerem em dobro

A renovação da marca Pelayo surge poucos dias depois do anúncio de outros factos. A liderança do grupo vai ser renovada por força dos limites de idade previstos nos estatutos. Neste sentido, em AG convocada para 11 de março, Francisco Lara, até agora Diretor-geral da Pelayo, deverá ser eleito novo presidente do grupo em substituição de José Boada, que se retira por ter atingido idade da reforma. Para Diretor-geral, será proposto Francisco Gomez Alvado, atualmente Diretor de Clientes.

A mútua de seguros terminou o exercício de 2020 com cerca de 386 milhões de euros em capital disponível, afirmando um rácio solvência “2,8 vezes” o capital exigido e lucro líquido de 8,2 milhões de euros, 103% mais do que em ano anterior. Segundo explicou a empresa em comunicado, o incremento do resultado reflete o decréscimo da sinistralidade automóvel (por força da pandemia) e o bom desempenho ao nível da subscrição de riscos e do ajustamento na rubrica de gastos.

O grupo Pelayo, que além dos seguros tem participação em agronegócio, faturou 480,9 milhões de euros, com ligeira diminuição face a 2019. O ramo automóvel – onde a mútua assume deter 2,5% de quota em Espanha e constitui a área de negócio mais importante da Pelayo (cerca de 815 mil apólices, após “saneamento” da carteira) – faturou 280,8 milhões de euros, menos 6% em comparação com 2019. O rácio combinado melhorou para 94,9%, face aos 102,1% de final de 2019.

No negócio Vida, em que a Pelayo tem parceria de distribuição (50/50) com a seguradora Santalucía, a receita anual alcançou 12 milhões de euros e 96,4 milhões de fundos geridos. O resultado foi “muito afetado” pela influência do nível baixo das taxas de juro e pelo resultado na área de poupança, indicou a entidade.