Confinamento afundou turismo. Hóspedes e dormidas caíram 78% em janeiro
Registaram-se 308,4 mil hóspedes e 709,9 mil dormidas em Portugal em janeiro de 2021, de acordo com os dados do INE.
No mês de janeiro, quando entrou em vigor um novo confinamento geral no país, a contração no setor do turismo acentuou-se. Tanto o número de hóspedes como as dormidas registadas em Portugal no primeiro mês do ano caíram cerca de 78%, segundo a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.
Registaram-se 308,4 mil hóspedes e 709,9 mil dormidas em janeiro de 2021, o que se traduz em quedas homólogas de 78,3% e 78,2%, respetivamente, nota o INE. Estes números comparam com perdas de 71,2% e 72,6% em dezembro do ano passado, pela mesma ordem.
Tanto as dormidas de residentes (que já têm um peso de 60%) como não residentes recuaram, diminuíram 60,3% e 87,0%, respetivamente, em janeiro. O dever de recolhimento domiciliário entrou em vigor no país a 15 de janeiro, depois de um aumento dos casos e óbitos de Covid-19, na sequência do Natal e Ano Novo.
Como seria de esperar, numa altura em que as viagens estão bastante limitadas pela pandemia, a “totalidade dos dezassete principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em janeiro”, sublinha o INE. Os mercados chinês (-98,1%), dinamarquês (-95,2%), russo (-94,8%), canadiano (-94,3%) e dos Estados Unidos (-94,2%) registaram as maiores quedas.
No primeiro mês do ano, mais de metade (54%) dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes. De sublinhar que a queda das dormidas na hotelaria (81,4%) foi mais pronunciada do que no alojamento local (63,4%). Por outro lado, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou ligeiramente para as 2,30 noites.
Quando se olha para as regiões do país, em todas houve um decréscimo nas dormidas. No que diz respeito aos residentes, as menores reduções foram registadas no Alentejo (-54,9%) e na Madeira (-56,1%). O Alentejo foi a região que sentiu menos a queda nas dormidas de não residentes, verificando-se um decréscimo de 68,9%, “enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 80%”.
(Notícia atualizada ás 11h30)
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