Rio diz que reestruturação da TAP não resolve nada e vai continuar a “massacrar” contribuintes

O líder do PSD voltou a criticar duramente o processo de reestruturação da TAP. Porém, não quis falar da situação que se vive na Groundforce.

Rui Rio voltou a criticar duramente o Governo por decidir salvar a TAP. O líder do PSD diz estar “preocupado” com a situação, temendo que a empresa continuará a absorver “muitos impostos dos portugueses”. Para Rio o plano de reestruturação não irá “resolver problema nenhum” e a salvação da transportadora aérea vai “continuar a massacrar” os contribuintes durante anos.

Escusando-se a falar da situação que se vive na Groundforce — “não vou tecer nenhuma consideração exatamente sobre a Groundforce”, começou logo por dizer –, Rui Rio passou ao ataque para criticar o processo de salvação da TAP, tal como tem feito desde o ano passado quando o Governo decidiu intervir na transportadora aérea. “Estou é preocupado com a situação em particular da TAP”, afirmou, em declarações transmitidas pela RTP3, temendo que “muitos impostos dos portugueses continuem a ser canalizados para a TAP”.

Para o líder da oposição “este plano de reconversão [reestruturação], pelo desenho que tenho vindo a ver na comunicação social, parece-me que não vai resolver problema nenhum da TAP”. Por esse motivo, “a TAP vai continuar a massacrar anos e anos e anos os portugueses com impostos para pagar muita ineficiência e para pagar salários que estão muito, muito acima daquilo que é o salário normal pago em Portugal para funções de responsável análoga ou equivalente“, afirmou Rui Rio.

Estas declarações forem proferidas numa conferência de imprensa do líder do PSD após um encontro com o movimento “A Pão e Água” que se manifesta esta sexta-feira no Porto. Rio criticou a opção do Governo, que diz ser “ideológica”, de equiparar os sócios-gerentes a profissionais independentes em vez de os equiparar a trabalhadores com vínculos permanentes. Segundo o social-democrata, os sócios-gerentes recebem 60% do seu salário em ajuda do Estado em vez dos 100% que os trabalhadores recebem com a nova versão do lay-off simplificado em 2021.

Além disso, Rui Rio deixou claro que é favorável a um desconfinamento diferenciado por localização, consoante o grau de risco. Porém, alertou que essa distinção não deve ser feita ao nível do concelho, mas ao nível de regiões.

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