BNP Paribas Cardiff lucra 1,4 mil milhões, menos 20% após recorde em 2019
A subsidiária global de seguros do grupo BNP Paribas registou quebra de 16% no volume de negócios, face a 2019, e o lucro antes de impostos encolheu perto de 20%.
A BNP Paribas Cardif, companhia posicionada entre as 21 maiores na produção de seguro direto em Portugal, apurou 1,4 mil milhões de euros de lucro antes de impostos em 2020, menos 19,5% face ao ganho recorde no ano anterior, anunciou a instituição indicando tratar-se de “resultados sólidos num contexto de crise sem precedentes”.“
Em comunicado, a entidade parceira de seguros em diversos setores da economia, nomeadamente bens de consumo e serviços – a área de personal finance do grupo BNP Paribas está presente em Portugal através da marca Cetelem -, liga a quebra de resultados com a crise sanitária, referindo “aumento de sinistralidade e menor volume de atividade”, embora com a operação a evidenciar “boa recuperação” na reta final do ano.
“A crise sanitária reforçou naturalmente a necessidade de proteção dos nossos clientes e dos nossos parceiros”, referiu Renaud Dumora, diretor-geral do BNP Paribas Cardif e, por acumulação, recentemente nomeado Chief Operating Officer de uma nova divisão do grupo BNP Paribas (Investment & Protection Services), onde se encontram a Cardiff, mais a área de gestão de ativos, gestão de património e imobiliário do grupo bancário francês.
Terminando o exercício com 264 mil milhões de euros de ativos sob gestão (-1,7% face a 2019), a receita do negócio segurador do grupo BNP Paribas recuou globalmente 16%, para 24,8 mil milhões de euros, refletindo sobretudo declínio na América Latina.
A área de poupança recolheu 18 mil milhões de euros, em recuo de 20% à escala mundial, sendo que os “mercados domésticos” do grupo (França, Luxemburgo e Itália) representaram 14,7 mil milhões (-15%), dos quais 9,3 mil milhões de euros em França. No mercado internacional (Ásia, América Latina e resto da Europa), a quebra alcançou 36%, por causa da pandemia, a fixar coleta de 3,3 mil milhões de euros.
Nos produtos de proteção (seguros), a BNP Paribas Cardif faturou 6,7 mil milhões, dos quais 2,3 mil milhões em prémios emitidos nos mercados domésticos, menos 2% do que em 2019, mas progressão de 4% em França, onde a receita ascendeu a 1,6 mil milhões de euros. Na atividade internacional, o volume caiu 4% para 4,4 mil milhões com destaque para quebra de 12% na América latina (Brasil, Argentina e Chile) para 1,2 mil milhões, mas incremento de 10% na Ásia, onde o exercício encerrou com 1000 milhões de euros em prémios.
Na Europa (excluindo os mercados domésticos), mais os mercados emergentes, o negócio de proteção diminuiu 4%, para 2,2 mil milhões de euros, assinalando-se quebra de 24% em Espanha.
O mesmo comunicado detalha realizações e iniciativas do ano 2020 no âmbito da estratégica global da companhia nos 33 países onde opera, ancorada na “diversificação e maturidade digital”.
O BNP Paribas Cardif, estabelecido em Portugal desde 1998, opera através das seguradoras Cardif Assurance Vie e Cardif Risques Divers. Especializando-se na distribuição de seguros de proteção pessoal, a entidade consolida atividade através de parcerias de distribuição de seguros, “que proporcionaram aos respetivos parceiros a geração de benefícios adicionais ao seu core business, através da venda de seguros”, explica o site da companhia.
Os produtos do BNP Paribas Cardif são comercializados através de acordos “assentes numa cultura de longo prazo com grandes entidades nos setores da banca, seguros, automóvel, crédito ao consumo, utilities, affinities e retailers”, complementa a empresa.
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