Fevereiro foi o terceiro pior mês para o turismo desde o início da pandemia. Número de turistas caiu 87%
2021 arrancou com perdas de 80% no turismo devido ao confinamento e fevereiro foi pelo mesmo caminho. Número de turistas caiu 87%.
2021 não começou da melhor forma para o turismo nacional, que teve de enfrentar um novo confinamento. Depois de perdas de 80% em janeiro, fevereiro continuou com essa tendência, tendo o país recebido apenas 208.200 turistas, menos 86,9% do que no mesmo mês do ano passado. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE), as dormidas caíram 87,7%.
Em fevereiro, os alojamentos turísticos nacionais receberam 208.200 hóspedes, num total de 472.900 dormidas. Estes números representam descidas de 86,9% e 87,7%, respetivamente, acima das verificadas em janeiro (-78,8% e -78,5%).
“Desde o início da pandemia, fevereiro foi o terceiro mês com maior redução do número de dormidas, tendo sido apenas ultrapassado pelos meses de abril e maio de 2020 (-97,4% e -95,8%, respetivamente)”, refere o INE, ressalvando que estes resultados foram influenciados pelo facto de este ano não terem sido realizados eventos de Carnaval.
Numa análise mais fina aos hóspedes, o mercado interno (peso de 69,8%) contribuiu com 329.900 dormidas, o que representou um decréscimo de 74,8%. Por sua vez, as dormidas dos hóspedes internacionais diminuíram 94,4% e totalizaram 143.000. As maiores reduções observaram-se nos turistas do Canadá (-99,2%), da China (-97,4%), dos Estados Unidos (-97,3%), da Suécia (-96,8%), da Dinamarca (-96,5%) e do Reino Unido (-96,3%).
Os hotéis continuaram a concentrar o maior número de dormidas (70,1% do total), mas também foram os que mais perderam: -89,7%. Atrás aparece o alojamento local (25,6% do total), cujas dormidas diminuíram 78% e o turismo rural (4,4% do total) que perdeu 75,8% das dormidas. Em fevereiro, 61,8% dos estabelecimentos turísticos nacionais estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.
Já no que toca às localizações mais procuradas, “em fevereiro, todas as regiões registaram decréscimos expressivos das dormidas, superiores a 75%”, refere o INE, destacando o Alentejo (-75,9%) e os Açores (-78,1%) pelas menores descidas e a Madeira (-92,6%), o Algarve (-91,9%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-88,5%) com as maiores perdas de dormidas.
Ainda no segundo mês do ano, a estada média caiu para 2,27 noites, sendo que a dos residentes aumentou 12,6% e a dos não residentes 37,2%.
(Notícia atualizada às 12h00 com mais informação)
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