Reino Unido: Milhares de negócios fechados na pandemia esperam pagamento das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 6 Abril 2021

Dois meses após sentença do Tribunal Supremo, dados da FCA mostram que muitas seguradoras ainda não resolveram pagar as indemnizações devidas pela suspensão de atividade causada por Covid-19.

Apesar do veredicto do Tribunal Supremo, que validou a eficácia das coberturas relativas ao fecho de negócios (BI-Business Interruption) por causa da pandemia (Covid-19) no Reino Unido, milhares de empresas britânicas aguardam ainda pelos pagamentos das seguradoras.

Dados da Financial Conduct Authority (FCA) – que mantém atualizações sobre a evolução do “Test Case” (processo piloto entregue aos tribunais em julho de 2020, requerendo clarificação para dirimir o litígio entre seguradores e tomadores de seguros sobre interpretação de cláusulas dos contratos de seguro, sobretudo de PME -, indicam que perto de 18,4 mil empresas esperam ainda pagamentos das seguradoras.

Após atualização da informação remetida pelos seguradores à FCA, pelo menos 10.207, de um total de 21.140 apólices até agora consideradas enquadradas com a tipificação Business Interruption (BI) e validadas pelas companhias seguradoras, receberam 279,8 milhões de libras esterlinas em volume agregado de pagamentos (incluindo adiantamentos preliminares).

Os dados disponibilizados pela FCA resultam de respostas das seguradoras a uma carta do organismo de Supervisão, datada de 22 de janeiro, e à (pouca) informação remetida pelas companhias de seguro até 12 de março passado. Após este último inquérito, a autoridade britânica publicou uma lista identificando numerosas seguradoras impactadas pelo processo judicial e, do outro lado, um total de 200 mil tomadores de seguros, cujas apólices terão de ser consideradas caso a caso. Muitas seguradoras não deram qualquer resposta ao inquérito.

Entretanto, segundo a imprensa britânica, companhias como a MS Amlin Insurance SE e a MS Amlin Underwriting Ltd, com carteira combinada de 4.000 reclamações pendentes de resolver, não tinham ainda validado qualquer sinistro até 22 de fevereiro. Já a Hiscox, que teria validado e pago adiantamentos por 24 processos de um total de superior a 4,2 mil participações BI, decidiu que muitos sinistros não eram elegíveis para receberem qualquer indemnização.

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