Construção trava com confinamento, mas salários crescem 0,6%
O setor da construção também foi afetado pelo segundo confinamento, mostrando uma redução da atividade face a fevereiro de 2020. Mas os salários mantêm o crescimento homólogo.
A construção tem conseguido resistir melhor à crise pandémica, mas não é imune aos seus impactos. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira revelam que a produção no setor agravou a contração em fevereiro deste ano, mostrando uma queda de 3,4% face ao mesmo mês do ano passado. Contudo, os salários continuam a crescer em termos homólogos.
A atividade na construção esteve a cair 2,6% em termos homólogos tanto em janeiro como em dezembro, mas intensificou a quebra em fevereiro, um mês em que o país esteve em confinamento mais apertado. Ainda assim, o índice de produção ainda não caiu tanto quanto no primeiro confinamento em chegou a cair mais de 8% em termos homólogos, como é visível no gráfico do INE.
De notar que estes dados são médias móveis de três meses — o que alisa a curva do indicador — e que são ajustados dos efeitos de calendário e sazonalidade. “O Índice de Produção na Construção tem como objetivo mostrar, com periodicidade regular, a evolução do volume da produção no curto prazo“, explica o gabinete de estatísticas, assinalando que “este índice fornece uma medida da tendência do valor acrescentado em volume ao longo de um dado período de referência”.
A atividade pode estar a cair ainda mais, mas isso não se reflete nos salários. Em comparação com fevereiro de 2020, as remunerações continuaram a registar uma subida (+0,6%) em fevereiro de 2021, o que representa uma pequena aceleração face aos 0,5% registados em janeiro.
Contudo, ao contrário do que aconteceu em janeiro em que teve uma variação nula, o índice de emprego registou uma queda homóloga de 0,7% em fevereiro, regressando a terreno negativo (onde esteve a maior parte do ano).
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