EDP aumenta lucros em 23% para 180 milhões de euros
Empresa liderada por Miguel Stilwell d'Andrade fechou os primeiros três meses do ano com lucros de 180 milhões de euros.
Os resultados líquidos da EDP cresceram 23% no primeiro trimestre de 2021, face ao mesmo período do ano passado. A empresa revelou, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que obteve lucros de 180 milhões de euros entre janeiro e março deste ano.
Neste período, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 12%, para os 864 milhões de euros, face aos 980 milhões registados no período homólogo, muito devido a uma redução de 19% no EBITDA das Renováveis (para os 445 milhões, por causa do impacto negativo do evento climatérico extremo Vortex Polar nos EUA) e a “resultados de Gestão de Energia mais fracos (-48%) comparativamente a um primeiro trimestre de 2020 muito forte”. Em sentido oposto, registou-se um crescimento de 31% do EBITDA das Redes Reguladas de Eletricidade, “suportado pela aquisição da Viesgo” em Espanha.
A EDP revelou ainda que a subida na produção hídrica na Península Ibérica nos últimos meses acabou por compensar a quebra na produção renovável nos EUA.
Após o envio dos resultados à CMVM, numa call com analistas o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade afirmou que a EDP “Já conseguiu alcançar alguns dos marcos a que se propôs, após a divulgação do novo plano estratégico. Temos um grande pipeline de projetos, vemos grandes oportunidades no mercado”. Só em rotação de ativos, explicou, a empresa conta arrecadar mais de 300 milhões de euros até ao final de 2021.
Quanto à margem bruta (receitas) da EDP caiu também 11% para os 1.308 milhões de euros. No primeiro trimestre a EDP viu o encargo com impostos reduzir 26%, dos 155 milhões de euros pagos nos primeiros três meses de 2020 para apenas 114 milhões este ano, em igual período.
Na call com os analistas, após a divulgação dos resultados, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, explicou que isto se deveu à redução no valor da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE): “Vendemos ativos hídricos em Portugal e a CESE é aplicável a isso. Agora será a Engie a pagar a CESE das barragens” do Douro.
No investimento bruto, a elétrica deu conta que aumentou 52% para os 700 milhões de euros, “dos quais 93% alocados a atividades alinhadas com a transição energética”. No primeiro trimestre de 2021, “85% da produção de eletricidade da EDP teve origem em energias renováveis, sendo que as emissões específicas de CO2 baixaram 9% em termos homólogos, acelerando o contributo para a descarbonização”, deu conta a empresa
A dívida subiu 7% para 13,1 mil milhões de euros, porque a empresa aproveitou financiamento a juros baixos. “No final de março de 2021, a dívida líquida totalizava 13,1 mil milhões, impactada por um aumento do investimento no fundo de maneio resultante da otimização da gestão de tesouraria num contexto de elevada liquidez financeira e baixas taxas de juro de curto prazo”, rematou a elétrica.
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