Trabalhadores da Transtejo/Soflusa marcam nova greve parcial para 16 e 17 de junho

  • Lusa
  • 25 Maio 2021

Os trabalhadores contestam a decisão da administração da Transtejo/Softlusa manter uma posição de "aumento de 0%" nas negociações salariais.

Os trabalhadores da Transtejo/Soflusa (TTSL), responsável pelas ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, voltam à greve nos dias 16 e 17 de junho, por aumentos salariais, anunciou esta terça-feira a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

“O plenário de trabalhadores da Soflusa, hoje [dia 25 de maio] realizado, decidiu no mesmo sentido da decisão dos trabalhadores da Transtejo, de avançar para a greve parcial de três horas, nos dias 16 e 17 de junho”, indicou a FECTRANS, em comunicado.

Segundo os sindicatos, os funcionários da empresa TTSL, que junta Transtejo e Soflusa, “querem resolver os seus problemas pela via da negociação, mas a administração/Governo teima em ignorar as propostas sindicais e discuti-las”.

“Por isso, é inevitável a greve que pode ser evitada se a administração/Governo apresentar propostas que vão no sentido do aumento geral dos salários”, apontou a FECTRANS.

Em 20 de maio deste ano, os trabalhadores da TTSL estiveram em greve de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de “aumento de 0%” nas negociações salariais.

No âmbito da paralisação, não foi possível garantir o serviço regular de transporte público fluvial.

“No total do dia, a TTSL registou uma adesão de 58% dos trabalhadores à greve parcial, resultado de 55% de adesão na Transtejo e de 65% de adesão na Soflusa“, segundo nota da empresa, num balanço da greve de 20 de maio.

Segundo a TTSL, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou serviços mínimos apenas para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, nos seguintes horários: do Barreiro para o Terreiro do Paço às 05:05, do Terreiro do Paço para o Barreiro às 05:30, de Cacilhas para o Cais do Sodré às 05:20 e do Cais do Sodré para Cacilhas às 05:35.

No início de maio, em declarações à Lusa, Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS explicou que na mais recente reunião com a administração da empresa, e conforme o que tinha sido decidido em plenário de trabalhadores, foi entregue um pré-aviso tendo em conta que não houve mudança de posição.

Em 28 de abril, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa concordaram em fazer “paralisações de três horas” por turno a partir de 20 de maio, caso não houvesse respostas às reivindicações salariais.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

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