Centeno: “Não concordaremos com tudo” no relatório da OCDE
Na apresentação do relatório da OCDE sobre Portugal, Mário Centeno fez questão de contrapor as medidas do Governo às fragilidades apontadas pela OCDE.
“O relatório que será aqui apresentado pelo secretário-geral Gurría é uma avaliação independente da OCDE”, fez questão de sublinhar o ministro das Finanças, Mário Centeno, na apresentação do Economic Survey sobre Portugal, esta segunda-feira, em Lisboa. Centeno abordou, um por um, os temas fundamentais do documento, contrapondo as medidas e políticas do Governo.
“Não é o nosso relatório, nem assim deve ser“, frisou o ministro das Finanças, esclarecendo desde já que o Governo não subscreve tudo o que lá vem: “Como é natural não concordaremos com todos os seus elementos, mas, no geral, é um instrumento com extrema utilidade”.
Perante uma plateia cheia — onde a presença de vários membros do Governo liderado não passou despercebida a Angel Gurría (“Hoje não se trabalha muito no Governo”, disse o secretário-geral) — Centeno tocou em cada um dos pontos fundamentais abordados pela OCDE, contrapondo as perspetivas, medidas e políticas do Executivo.
O ministro das Finanças frisou que o défice “ficará claramente abaixo dos 2,3%“ e que “o saldo primário ficará acima dos 2%”. Reconheceu que a OCDE discorda das previsões para a taxa de desemprego apresentadas pelo Executivo, mas manteve o ponto de vista do Governo: “Baixaremos do limiar dos dois dígitos”, garantiu, acrescentando que está certo de que “assim que isso acontecer, a equipa da OCDE ficará genuinamente satisfeita”.
Centeno garantiu ainda que “o défice de qualificações está a ser ultrapassado” e que o Orçamento do Estado para este ano vai “impulsionar os níveis de investimento público e privado”.
Previsões da OCDE
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