Corretora mse vai manter estratégia de atacar nichos de mercado

A pandemia atingiu a empresa em segmentos chave como táxis, TVDE, turismo e desporto, mas o corretor João Baltasar Mendes continua a acreditar em ser diferente e na especialização.

João Baltasar Mendes, Administrador da mse: “Desenvolver segmentos de mercado alvo e com isso acrescentar valor, tendo como correspondência o conhecimento desses mesmos mercados”.

Quando a Covid-19 atingiu o mundo a paragem de atividades prejudicou mais uns que outros. A mse – Corretores e Consultores esteve no lado das mais prejudicadas trabalhando nichos de mercado vulneráveis a este imprevisto como táxis, TVDE, turismo e desporto. No entanto, com 7 mil clientes e 11 mil apólices diversos ramos, movimentando 8 milhões de euros de prémios anualmente, a corretora está implantada no mercado. Tem este nome desde 2012, após a aquisição por João Baltasar Mendes, que foi técnico e comercial de seguradoras, antes de constituir uma mediadora que vendeu ao grupo Sonae. O regresso ao empresariado de João Mendes coincidiu com o período da troika, agora enfrenta a Covid, mas a sua orientação mantém-se “desenvolver segmentos de mercado alvo e com isso acrescentar valor, tendo como correspondência o conhecimento desses mesmos mercados”, comentou a ECOseguros.

Em março 2020 precisou de tomar uma decisão importante. Perante uma inflexibilidade da Lusitania para reformular as tarifas na área dos táxis e TVDE, quanto a zonas de risco e tratamento diferenciado para bons e maus clientes, a mse optou por estabelecer um contrato exclusivo para esse segmento com a UNA seguros: “já fiz 1800 apólices desde aí, quando antes as estava a perder”, refere João Mendes.

Com uma carteira a contar com cerca de 20% de táxis e TVDE , que levaram a mse a criar espaços próprios para os atender em Lisboa, Porto e Coimbra, os industriais de táxis tornaram-se clientes para além dos transportes. No entanto a mse tem carteira que abrange empresas, retalho, setor público e desporto com produtos automóvel, acidentes de trabalho, saúde, património e responsabilidade civil.

Em 2020 teve um volume de negócios de cerca 840 mil euros, permitindo um EBITDA de 189 mil euros e resultados líquidos de 121 mil. Com 8 colaboradores, a faturação é proveniente quase na totalidade por comissões com a Fidelidade, em 2020, a representar 57% do negócio, Grupo Ageas com 8,8%, UNA com 6,75%, Zurich, com 4,8% e ainda a Lusitania com 10,5%. Tal como outros mediadores do mercado, a mse precisou gerir o atraso na receção de receitas resultado das moratórias concedidas pelas seguradoras aos clientes, por força das medidas legais impostas para enfrentar a crise Covid-19.

João Baltasar Mendes considera estar a mse bem apetrechada tecnologicamente. Quanto a relação com clientes “Os canais preferenciais são o correio eletrónico, a utilização massiva de sms na distribuição de avisos de cobrança, acções de marketing, inquéritos de satisfação e divulgação de novos produtos e serviços”, acrescentando que “nos espaços de atendimento direto ao cliente existe a possibilidade de emissão imediata de apólices, recibos e cartas verdes são uma realidade que responde às expectativas dos clientes”, mas “a ligação direta com o sistema de gestão e de acordo com os níveis de serviço estabelecidos na mse seguros, a funcionalidade GISWEB disponibilizada no site permite aos nossos clientes terem acesso direto à sua carteira”,afirma.

Em geral, a relação com os parceiros de negócio, nomeadamente os seguradores, tem-se desenvolvido “de modo cada vez mais profícuo em matéria de IT, transformando processos e circuitos pesados e morosos em funcionalidades ágeis e flexíveis, aumentando em simultâneo a produtividade e a rentabilidade das tarefas e dos recursos humanos.”, conclui.

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