Autoeuropa retoma produção, mas volta a parar no fim de semana
Nova paragem de produção no sábado e no domingo é, mais uma vez, resultado da falta de componentes (semicondutores) sem os quais não é possível produzir automóveis.
Os trabalhadores da Autoeuropa retomaram esta quarta-feira, 30 de junho, a produção após uma paragem que teve início dia 18 de junho, mas voltam a parar no fim de semana devido à falta de semicondutores que está a afetar todo o setor automóvel.
De acordo com o que estava previsto pela fábrica de Palmela, os trabalhadores retomaram a produção de automóveis no turno que teve início às 00h00, mas já está programada uma nova paragem de produção, no sábado e no domingo, mais uma vez devido à falta de componentes (semicondutores) sem os quais não é possível produzir.
Segundo informação divulgada na semana passada pela Autoeuropa, a falta de semicondutores, que está a afetar todo o setor automóvel, deve-se às dificuldades de fornecedores de alguns países, designadamente a Malásia, que estão a prolongar as medidas de confinamento devido à pandemia de Covid-19.
Na mesma informação dirigida aos trabalhadores, a administração da fábrica de Palmela admitia a possibilidade de entrar em lay-off, caso fosse forçada a novas paragens de produção devido à falta de semicondutores, tal como já está a acontecer.
A possibilidade de um eventual recurso ao lay-off ocorre um mês depois de os trabalhadores rejeitarem um pré-acordo laboral, negociado entre os seus representantes e a administração da empresa, que previa um aumento global de 4,6% para os próximos três anos.
No pré-acordo, a Comissão de Trabalhadores e a empresa comprometiam-se também a desenvolverem todos os esforços para garantir a atribuição de um novo produto, para fazer face ao fim da produção do MPV (Multi-Purpose Vehicle), prevista para meados de 2022, e a eventuais flutuações de mercado do T-Roc, os dois modelos da Volkswagen produzidos em Palmela.
A Autoeuropa, com mais de 5.200 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.
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