Ministério Público pede prisão preventiva para Vieira
O despacho do MP propõe ainda que Luís Filipe Vieira deixe de exercer funções como presidente do Benfica.
O despacho de indiciação do Ministério Público (MP), a que a TVI teve acesso, indica que o procurador Rosário Teixeira não te dúvidas do perigo de fuga de Luís Filipe Vieira e pede por isso prisão preventiva para o presidente da SAD do Benfica, detido esta quarta-feira. Para fundamentar esta medida de coação, o MP assinala as frequentes deslocações do presidente do Benfica para fora do país e a fortuna que terá no estrangeiro.
O Ministério Público defende que, atendendo à dimensão dos factos que se indicia terem sido praticados, entende que sejam impostas medidas de coação diferentes da simples sujeição a TIR [Termo de Identidade e Residência] — a mais leve de todas as previstas nas leis penais — defendendo mesmo a aplicação da medida de prisão preventiva. Manuel Magalhães e Silva, advogado de Vieira, confirma essa pretensão do MP.
O despacho defende ainda que Luís Filipe Vieira, mesmo que não seja detido, deixe de exercer funções como presidente do Benfica, enquanto decorrer o processo, dados os perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito. Cabe agora a Carlos Alexandre, o juiz de instrução, validar ou não a proposta de Rosário Teixeira.
No processo estão a ser investigados, pela Autoridade Tributária, crimes de burla qualificada, abuso de confiança agravada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, que já resultou na detenção de Luís Filipe Vieira, o empresário José António dos Santos, o filho Tiago Vieira e Bruno Macedo. Serão todos ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre, em princípio, esta sexta-feira.
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