Internamentos nos cuidados intensivos em 72% do limite “crítico” da pandemia
A 14 de julho estavam 174 pessoas internadas nos cuidados intensivos em Portugal, o que corresponde a 72% do limite "crítico". Semana passada registava 56%.
A pandemia continua a agravar-se. Em consequência, o número de pessoas internadas vai aumentando dia após dia, começando a pressionar os serviços de saúde. É o que mostra o relatório semanal das “linhas vermelhas” da pandemia: Portugal já atingiu 72% do valor crítico de 245 camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos (UCI). Na semana passada, a percentagem situava-se nos 56%, segundo a DGS e o INSA.
De acordo com as autoridades de saúde, na quarta-feira, dia 14 de julho, havia 174 doentes internados em UCI, valor que corresponde a 72% do limiar de camas ocupadas definido como crítico. São mais 16 pontos percentuais (p.p) face à semana passada, o que reflete a “tendência crescente” deste tipo de internamentos.
“No último mês, o aumento da atividade epidémica, associado ao predomínio crescente da variante Delta, tem condicionado um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde, em especial na ocupação dos Cuidados Intensivos e nas regiões LVT [Lisboa e Vale do Tejo] e Algarve”, indica o relatório. Na semana passada estas regiões registavam, respetivamente, 82 e 15 doentes internados em UCI, mas esta semana não houve uma atualização concreta, pois a atualização “será apresentada na próxima semana”.
Segundo o INSA e a DGS, no conjunto do país, o grupo etário com maior número de casos de infeção internados em UCI é o dos 40 aos 59 anos (82 internados).
Já no que diz respeito à incidência cumulativa, a 14 dias por 100 mil habitantes, é na faixa etária dos 20 aos 29 que o valor se encontra mais alto (875 casos por 100 mil habitantes), seguindo-se os 30 aos 39 anos (581) e dos 10 aos 19 (536). De recordar que estas faixas etárias correspondem às que iniciaram o processo de vacinação há pouco tempo ou que ainda não iniciaram de todo.
No geral do país, a incidência cumulativa está agora nos 372 casos, com tendência crescente. Neste ponto, o Algarve destaca-se com 883 casos por 100 mil habitantes, mas também Lisboa e Vale do Tejo com 497 casos por 100 mil habitantes.
Quando ao índice de transmissibilidade (o Rt), Portugal regista 1,12 a nível nacional (era 1,18 a semana passada). “O valor do Rt desceu em todas as regiões, indicando um desacelerar da transmissibilidade da infeção, embora ainda com tendência crescente”, é detalhado no relatório.
As autoridades indicam ainda que “a nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 4,9% (semana passada 4,5%), valor que ultrapassou o limiar definido de 4%”. Além disso, “observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias)”.
Por fim, tal como na semana passada, é a variante Delta que domina os contágios no país, representando quase 90% dos novos casos (mais precisamente, 88,6% na semana de 28 de junho a 4 de julho).
(Notícia atualizada às 19h30)
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