WTW volta a ter acordo para vender Willis Re à Gallagher. John Haley prepara sucessão
Lucro trimestral da WTW cresceu mais de 80% no 2º trimestre. Após mais de 20 anos a liderar a companhia, John Haley, CEO, vai reformar-se. Entretanto, já renegociou a venda da Willis Re à Gallagher.
John Haley, CEO da Willis Towers Watson (WTW), disse há poucos dias que a companhia mantinha a unidade de resseguro sob revisão estratégica, sem excluir potencial alienação do negócio que, no âmbito da combinação com a Aon, teria sido vendido à Gallagher por 3,57 mil milhões de dólares. A própria Arthur J Gallagher chegou a anunciar a nulidade desse acordo.
Agora, o acordo – sobre a compra-venda da Willis Re – foi afinal renovado, embora por um valor revisto de 4 000 milhões. Este montante, explica a WTW em comunicado, supõe pagamento inicial de 3,25 mil milhões, e potencial acréscimo de 750 milhões de dólares sob condição (earnout) de se cumprirem receitas estabelecidas num prazo até 2025.
A transação, que esteve para acontecer e caiu, por consequência do cancelamento da fusão Aon-WTW, renasce com preço revisto e com data prevista de conclusão até final do primeiro trimestre de 2022.
Sediada no Illinois (EUA), com operação em mais de 50 países e oferta de serviços em cerca de 150, a Gallagher tem a corretora Costa Duarte como representante exclusiva em Portugal.
A informação de que a WTW, terceira no ranking mundial da corretagem de seguros e consultoria de risco, mantinha o futuro da unidade de corretagem de resseguro sob revisão foi adiantada por Haley numa conferência sobre os indicadores trimestrais da empresa. Na mesma altura, soube-se também que a Aon já pagou os 1 000 milhões de dólares de compensação pela anulação da combinação que criaria uma líder global do setor, segundo revelou Haley durante a ‘earnings call‘ reproduzida na plataforma de informação financeira Seeking Alpha.
Sobre o seu futuro, John Haley – que exerce como CEO da WTW desde 1998, permanência que o deixa associado a importantes operações de fusão/aquisição da companhia, em 2005, 2010, 2016 e agora a venda da Willis Re – confirmou que pretende reformar-se e que o seu mandato de três anos termina no final de 2021. O processo está a ser gerido pela administração da WTW, que já procura um novo Chief Executive Officer (CEO). Haley assegurou que está disponível para ajudar a uma transição sem sobressalto.
WTW sobe lucro trimestral 82%
A companhia encerrou o segundo trimestre com 186 milhões de dólares de lucros, mais 82% face a igual período de 2020, apresentando um ebitda (resultado bruto de exploração) de 557 milhões, o equivalente a 24,4% da receita consolidada, a qual alcançou 2,29 mil milhões de dólares no trimestre, mais 8% face às receitas de igual período em 2020. A operação na América do Norte cresceu 13% e na Europa Ocidental 3%.
Representando 400 milhões de dólares da receita total reportada, a faturação da área Investment Risk and Reinsurance (IRR) cresceu 15% em termos orgânicos (mas encolheu 7% em base câmbio constante), obtendo resultado operacional de 133 milhões (+33% face ao 2º trimestre de 2020) e com a área de resseguro a crescer receitas 4%.
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