Benefícios pagos por fundos de pensões cresceram 10,4% até junho
A rentabilidade dos fundos de pensões foi de 1,19% num semestre em que os títulos de dívida continuaram predominantes na composição das respetivas carteiras de investimento.
Os montantes geridos dos fundos de pensões totalizavam cerca de 23,6 mil milhões de euros no final de junho, registando um crescimento de 2,3% em relação ao final de 2020 e a refletir incremento de 1,2% nos fundos fechados e de 9,5% nos fundos abertos, onde se incluem os PPR.
Segundo o Relatório de Evolução da Atividade dos Fundos de Pensões (2ºT), divulgado pela ASF, a repartição do montante total dos fundos de pensões por tipo de fundo continuou sem variações substantivas, sendo que do total de montantes geridos, 20,243 mil milhões de euros estavam em fundos fechados e, dos restantes 3,34 mil milhões (fundos abertos), os Planos Poupança Reforma (PPR) representavam 870,41 milhões de euros de poupança aplicada pelos residentes, mais 4,8% do que em junho de 2020.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) indica que as contribuições apresentaram ligeiro acréscimo de 0,7%, face ao semestre homólogo, a atingirem 674,9 milhões de euros a junho de 2021. Já os benefícios pagos registaram crescimento de 10,4%, face a junho 2020.
Quanto às contribuições, que não apresentaram alterações substantivas, a evolução denota decréscimo nas contribuições para os fundos de pensões fechados, de 432,66 milhões de euros (junho de 2020) para 353,42 milhões em junho de 2021. Por seu lado, os fundos abertos captaram 321,48 milhões de euros (+26,2% em variação homóloga, beneficiando da dinâmica em PPR e de ‘outros abertos’).
No que concerne aos benefícios pagos, a análise semestral da ASF indica crescimento de 10,4%, em variação homóloga que, em termos absolutos, representou mais 40,5 milhões face a junho de 2020. Dos cerca de 429,7 milhões de euros desembolsados pelas gestoras de pensões, 331,33 milhões foram benefícios pagos por fundos fechados (+12,24 milhões do que um ano antes) e 98,36 milhões de euros foram entregues a beneficiários de fundos abertos (+28,27 milhões face a junho de 2020). Os titulares de PPR resgataram 15,8 milhões de euros, contra 11,57 milhões um ano antes.
Considerando as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões, nestes últimos seis meses, foi de 1,19%.
No mesmo período (1º semestre de 2021), o número de fundos de pensões sob gestão passou de 234 para 237, na sequência da extinção de três fundos de pensões fechados e da constituição de seis fundos de pensões. Até junho, foram extintos três fundos de pensões fechados e ocorreu a constituição de um fundo fechado, três fundos abertos de adesão coletiva e individual e dois fundos de pensões PPR.
No âmbito das adesões coletivas, foram extintas quatro adesões, por recurso à transferência para outras adesões ou liquidação das respetivas quotas-partes. Durante este período foram constituídas 57 novas adesões, repartidas por 18 fundos de pensões abertos.
Em junho de 2021, as carteiras de investimento dos fundos de pensões mantinham estrutura praticamente idêntica à do final de 2020, sendo constituídas maioritariamente por títulos de dívida (49%), seguindo-se os fundos de investimento (36%). Imóveis (7%), depósitos bancários (4%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Benefícios pagos por fundos de pensões cresceram 10,4% até junho
{{ noCommentsLabel }}