Avaliação bancária sobe há dez meses e atinge recorde de 1.221 euros por metro quadrado

O valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder crédito aumentou pelo décimo mês seguido em julho, fixando um novo recorde. O valor médio de avaliação bancária na habitação para o total do país aumentou três euros no mês passado, fixando-se em 1.221 euros por metro quadrado, naquele que é o registo mais elevado desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O valor mediano de avaliação bancária foi 1.221 euros em julho, mais seis euros que o observado no mês precedente. Em termos homólogos, a taxa de variação situou-se em 8,3% (8,6% em junho)”, indica o INE esta sexta-feira.

No reporte estatístico divulgado esta sexta-feira, o INE destaca que o número de avaliações bancárias consideradas ascendeu a cerca de 30 mil, o que representa um aumento de 53,6% em comparação com julho de 2020, quando as restrições da pandemia se faziam sentir mais do que agora.

Avaliação das casas sobe há dez meses

^{Fonte: INE}

O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito da concessão de crédito à habitação.

O facto de o valor estar a subir ininterruptamente desde setembro do ano passado ano evidencia a maior confiança das instituições financeiras nos empréstimos às famílias para comprar casa, mesmo apesar dos potenciais receios quanto ao impacto da pandemia.

Com este valor, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada pelos bancos em 122.100 euros em termos médios nacionais (e por referência), havendo diferenças de valores de região para região.

Apenas Lisboa e Algarve sobem

As duas regiões com as avaliações bancárias médias mais elevadas foram a únicas que registaram subidas mensais: Lisboa e Algarve. Na região da capital o aumento foi de nove euros para 1.609 euros por metro quadrado, enquanto a avaliação média na região mais a Sul de Portugal Continental subiu 15 euros para 1.589 euros por metro quadrado.

As restantes regiões observaram descidas, com particular evidência para o Alentejo (-9 euros para 842 euros por metro quadrado) e para a Madeira (-6 euros para 1.204 euros). Na região Norte, a descida da avaliação bancária foi de três euros para 1.040 euros por metro quadrado. Centro e Açores tiveram descidas de cinco e quatro euros para 865 euros e 963 euros por metro quadrado.

Por tipologia de habitação, enquanto a avaliação média bancária das moradias decresceu 11 euros para 990 euros por metro quadrado, os apartamentos registaram uma subida de 13 euros para 1.352 euros por metro quadrado.

(Notícia atualizada às 11h51)