Rio questiona Costa sobre escolhas no Banco de Fomento

  • Lusa
  • 28 Agosto 2021

O líder do PSD desafiou o primeiro-ministro a confirmar se vai manter o convite, agora suspenso, a Vítor Fernandes para chairman do Banco de Fomento.

O presidente do PSD, Rui Rio, desafiou o primeiro-ministro a esclarecer se o Governo vai insistir na nomeação de Vítor Fernandes para o Banco de Fomento, que está suspensa desde julho, ou se vai escolher “gente capaz”. O repto foi lançado por Rio no encerramento do Fórum Nacional Autárquico do PSD, que decorreu hoje à tarde em Faro, com o líder social-democrata a defender que o Banco de Fomento “é uma peça fundamental para recuperar a economia”.

“O que foi fazer o Governo do PS, foi escolher alguém que tenha um trajeto profissional de êxito e de capacidade? Não, parece de propósito, foi buscar alguém que pertenceu ao pior período da Caixa Geral de Depósitos, ao pior período do BCP”, criticou.

“Gostava de perguntar ao primeiro-ministro, ao dr. António Costa, relativamente ao presidente do Banco de Fomento, afinal como estamos? Fizemos um compasso de espera, mas agora gostaríamos de saber se vai para a frente com gente capaz ou se vai para a frente com aquele que queria nomear?”, questionou.

Em julho, o Governo anunciou a suspensão da nomeação de Vítor Fernandes para a presidência do Conselho de Administração do Banco do Fomento para evitar “controvérsia” na instituição, disse então o ministro da Economia.

O ex-administrador do Novo Banco terá sido mencionado em documentos do Ministério Público (MP) referentes à operação Cartão Vermelho, na qual o presidente da Promovalor e ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é arguido.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.

Vieira está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.

Segundo o Ministério Público, o empresário provocou prejuízos ao Novo Banco de, pelo menos, 45,6 milhões de euros, compensados pelo Fundo de Resolução.

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