DGS recomenda máscaras em eventos no exterior e no recreio das escolas

Governo quer acabar com obrigatoriedade de máscara na rua. DGS não se opõe, com exceção de eventos no exterior e no recreio das escolas.

O Parlamento ouviu esta quarta-feira os especialistas sobre o uso de máscaras, a pedido do PSD, numa altura em que o Governo pretende acabar com essa obrigatoriedade na rua. Se entre os partidos as opiniões se dividem, entre os especialistas da DGS há um consenso. O uso obrigatório de máscara na rua pode terminar, mas com determinadas exceções.

A partir de domingo, 12 de setembro, os portugueses poderão deixar de estar obrigados a usar máscaras na rua e em espaços livres, pondo, assim, fim à lei que prevê essa obrigatoriedade desde 27 de outubro.

Esta intenção foi anunciada pelo PS há dias, com o PSD a concordar, embora tenha preferido chamar os especialistas ao Parlamento antes de tomar qualquer decisão. O Grupo de Epidemiologia da Direção-Geral da Saúde (DGS) foi ouvido esta manhã pela Assembleia, embora os social-democratas tenham afirmado que preferiam ter presentes os peritos habituais nas reuniões no Infarmed.

A diretora-geral da Saúde mostrou-se a favor dessa medida, embora com algumas exceções. “Uma das possíveis vias de transmissão indireta do vírus é por acumulação de aerossóis e, obviamente, essa via é muito menos eficaz no exterior do que no interior”, disse Graça Freitas, salientando, contudo, que a recomendação é de continuar a usar-se máscara “em aglomerados e em contextos especiais”.

“A recomendação vai no sentido de que as aglomerações e os contextos especiais — como o recreio das escolas, os eventos e em determinados sítios onde há aglomerados populacionais — possam ser uma exceção e ter recomendações diferentes porque permitem que exista transmissão”, disse.

Por sua vez, Valter Fonseca, coordenador da Comissão Técnica de Vacinação, começou por dizer que Portugal “tem uma posição cimeira em matéria de vacinação” contra o novo coronavírus. E, embora tenha salientado que a vacina reduz o número de infeções, admitiu que isso “não significa que não possam existir casos” nem que uma pessoa possa transmitir a doença. Assim, concluiu que todos estes fatores permitem ter a “sustentação na evolução para uma flexibilização das medidas como utilização de máscara”, defendeu o especialista.

Além disso, como tem sido fundamental desde o início da pandemia, Graça Freitas chamou a atenção para a importância da consciência individual. “Cada um de nós deve, apesar de tudo, continuar a ser portador de uma máscara e em caso de necessidade deve colocá-la“, aconselhou.

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