Um manifesto de ataque ao jornalismo é um bom pretexto para discutir espaço público, censura e tolerância democrática.
Circula por aí
um manifestoque acusa um jornal de censura e faz equivaler a liberdade de expressão ao dever de amplificação dessa mesma expressão. O texto é oportunista e surge a coberto do espaço ocupado pelos negacionistas do Covid-19 e de outros populismos que desprezam o conhecimento científico. O manifesto toma decisões bacocas sobre qual deve ser o papel dos jornais e tece considerações desinformadas sobre as megacorporações. Tudo em nome da defesa de um espaço público em que, aparentemente, o que se quer é a relativização total das opiniões e em que todas as vozes, só por si, possam valer o mesmo. O texto é assinado, entre outros, por um médico urologista que acha que percebe de virologia e tem espalhado desinformação anti-científica, uma jornalista que não tem carteira
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