Vulcão de La Palma: Casas e automóveis predominantes nos pedidos de indemnização de seguros
A erupção vulcânica nas Canárias destruiu perto de 500 edifícios em poucos dias. O Consórcio de Compensación de Seguros, entidade que indemniza estes riscos, recebeu dezenas de pedidos de compensação.
O vulcão da ilha La Palma, nas Canárias, completou sétimo dia de erupção neste domingo e, além de forçar o fecho do espaço aéreo, obrigou a desalojar 6 mil pessoas, ainda sem notícia de vítimas humanas.
Ao terceiro dia de erupção, o Consórcio de Compensación de Seguros (CCS) – entidade pública que cobre riscos extraordinários em território espanhol – já contabilizava 40 pedidos de indemnização, que serão entregues aos peritos avaliadores de danos (quando o acesso aos locais dos sinistros for possível) e posterior tramitação dos processos. Esses pedidos de compensação, procedentes de Los Llanos de Aridane e el Paso, representavam 33 habitações destruídas ou danificadas, cinco automóveis, um estabelecimento comercial e outro imóvel de uso industrial, referiu o CCS numa das notas sobre o vulcão Cumbre Vieja.
Segundo monitorização do sistema Copernicus, programa da UE de Observação da Terra, até sábado, os caudais de lava do vulcão já cobriam uma área superior a 200 hectares, tinham enterrado cerca de 17 quilómetros de estradas e destruído mais de 460 edifícios e terrenos agrícolas (sobretudo produção de banana).
Monitorizando a catástrofe causada pela erupção do Cumbre Vieja, o Consórcio de Compensación – entidade que também funciona como instância de recurso no ramo automóvel e protege segurados nas situações de companhias insolventes ou liquidadas – assegurou que indemnizará os danos causados em bens e pessoas, desde que estejam cobertos por um seguro, bastando para isso que comprovem existência de apólice.
Dada a imprevisibilidade quanto à evolução da erupção e consequente impossibilidade de acederem à habitação ou estabelecimento comercial para recolherem a documentação necessária, foi recomendado que as pessoas seguradas contactem o respetivo mediador ou a seguradora, que normalmente dispõem dos dados do seguro, indicou o CCS acrescentando que não se aplica qualquer prazo máximo para apresentação dos pedidos de indemnização.
Enquanto a CCS, dada a continuidade e imprevisibilidade do fenómeno vulcânico, não dispunha ainda de estimativa sobre número de pedidos de compensação esperados nem sobre o custo de danos indemnizáveis, o governo das Canárias disse qu estava a preparar um decreto-lei para requalificar terrenos e relocalizar propriedades (prédios rústicos e urbanos). Ángel Victor Torres, presidente da Comunidad, forneceu aproximação preliminar para os prejuízos de dois dias de erupção, avançando estimativa “muito superior a 400 milhões de euros” em danos, cita o portal Aseguranza.
O Instituto Vulcanológico das Canárias (Involcan) informou que a erupção poderá prolongar-se entre 24 e 84 dias, uma média de 55 dias de duração, segundo a edição eletrónica do jornal La Vanguardia.
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