Wall Street no “vermelho” com subida dos juros da dívida e receios da inflação
As bolsas norte-americanas fecharam a sessão com fortes perdas, numa altura em que a subida dos juros da dívida nos EUA e a inflação preocupam os investidores.
As bolsas norte-americanas encerraram a sessão com fortes perdas. Esta terça-feira os títulos ligados ao setor tecnológicos voltaram a ser dos mais penalizados, na sequência da subida dos juros da dívida nos EUA, que vem acentuar os receios quanto à inflação.
O índice de referência S&P 500 perdeu 2,07% para 4.351,21 pontos, a maior queda desde 12 de maio, enquanto o industrial Dow Jones desvalorizou 1,65% para os 34.293,07 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq continua a ser o mais penalizado, ao recuar 2,76% para 14.784.867 pontos, a maior queda percentual desde 18 de março.
Esta terça-feira os investidores estiveram atentos às declarações do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, e da secretária de Estado do Tesouro, Janet Yellen, que discursam perante o comité de serviços financeiros no Senado. Perante a subida das taxas de juro das Obrigações ao Tesouro norte-americanas, Yellen admitiu que o teto da dívida nos EUA pode ser atingido a 18 de outubro, caso não sejam esgotados os meios necessários, isto é, um eventual retirar do teto ou o aumento desse limite. Perante este aviso, os republicanos no Senado voltaram a bloquear o aumento do limite da dívida dos EUA, segundo a Reuters.
Estas declarações surgem no dia em que a yield das obrigações a dois anos atingiu máximos de 18 meses. Esta subida continua a pressionar os mercados acionistas, com as tecnológicas a serem as mais penalizadas, dado que os investidores preferem investir em ações cíclicas.
Em foco estiveram ainda outros dados económicos que permitem ajudar a medir o pulso à recuperação da economia norte-americana. A confiança do consumidor nos EUA caiu em setembro para o nível mais baixo em sete meses, segundo os dados divulgados pelo The Conference Board, numa altura em que o aumento de casos de infeção de Covid arrefece as expectativas de uma recuperação económica a curto-prazo.
Entre os “pesos pesados” da tecnologia que foram mais castigados nesta sessão esteve a Apple, cujos títulos recuaram 2,38% para 141,91 dólares. Ao mesmo tempo, a Alphabet, dona da Google, cedeu 3,76% para os 2.723,68 dólares, enquanto a Amazon desvalorizou 2,64% para 3.315,96 dólares.
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