Microsoft encerra o LinkedIn na China devido às restrições locais
O chefe de engenharia do LinkedIn destacou a existência de um "ambiente operacional difícil e de cada vez maiores exigências em matéria de conformidade com as regras em vigor na China".
A Microsoft informou esta quinta-feira que irá encerrar a rede profissional LinkedIn na China até ao final do ano, justificando a decisão com a existência de um “ambiente operacional difícil”, segundo a agência France-Presse (AFP).
O grupo norte-americano de informática, que detém o LinkedIn, tinha lançado o portal em fevereiro de 2014, uma versão local da sua plataforma, dedicada ao mercado chinês, com funcionalidades restritas a fim de se enquadrar nas leis de Pequim.
“Apesar de termos tido sucesso ao ajudar os membros chineses a encontrar empregos e oportunidades económicas, não tivemos tanto nos aspetos mais sociais de partilhar e mantermo-nos informados”, indicou Mohak Shroff, chefe de engenharia do LinkedIn, citado num comunicado.
O responsável destacou também a existência de um “ambiente operacional difícil e de cada vez maiores exigências em matéria de conformidade com as regras em vigor na China”. De acordo com o Wall Street Journal, citado pela AFP, o LinkedIn recebeu uma comunicação da parte das autoridades chinesas da internet, que deu à plataforma mais 30 dias para melhor regular os seus conteúdos.
A Microsoft, que comprou o LinkedIn em 2016 por mais de 26 mil milhões de dólares (cerca de 22,4 mil milhões de euros, hoje), foi o última tecnológica norte-americana a estar presente de maneira legal e sustentável na internet chinesa.
As redes sociais Facebook e Twitter estão banidas da China desde há uma década, e a Google deixou o país em 2010. O site da Amazon pode ser acedido a partir da China, mas a empresa do comércio eletrónico nunca conseguiu penetrar num mercado dominado por empresas locais como a Alibaba ou a JD.com.
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