EUA dão mais dinheiro à luta climática e a China pára de financiar carvão. Estas e outras promessas pré-COP26

Com a tensão a aumentar antes da Conferência Anual sobre Alterações Climática das Nações Unidas, são já vários os países que se começam a chegar à frente com promessas ambientais. 

No caminho rumo à COP26, em Glasgow, pelo menos dois momentos foram já decisivos: a Assembleia Geral das Nações Unidas e a reunião final pré-COP, em Milão. Com a tensão a aumentar antes da Conferência Anual sobre Alterações Climática das Nações Unidas, são já vários os países que se começam a chegar à frente com promessas ambientais.

A começar pelas duas maiores economias do mundo, que já se comprometeram com uma ação climática mais ambiciosa durante a semana de alto nível da Assembleia Geral da ONU.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o país aumentará significativamente o seu financiamento climático internacional para aproximadamente 11,4 mil milhões de dólares por ano.

Por seu lado, o presidente Xi Jinping da China disse que acabará com todo o financiamento de centrais termoelétricas a carvão e redirecionará esse apoio à geração de energia verde e de baixo carbono.

As promessas foram bem acolhidas, mas o secretário-geral da ONU lembrou que ainda há “um longo caminho a percorrer” para fazer da Conferência do Clima da ONU (COP26) em Glasgow um sucesso que garanta “um ponto de viragem nos nossos esforços coletivos para lidar com o clima crise”.

Da mesma forma, informa a ONU News, mais de 400 mil milhões de dólares em novos financiamentos e investimentos foram garantidos por governos e pelo setor privado durante o Diálogo de Alto Nível sobre Energia das Nações Unidas, a primeira reunião de líderes sobre energia em 40 anos, no âmbito da Assembleia Geral da ONU.

Mais de 35 países assumiram novos compromissos energéticos significativos, que terão a forma de “Pactos”. Por exemplo, o “No New Coal Compact” inclui Sri Lanka, Chile, Dinamarca, França, Alemanha, Reino Unido e Montenegro.

Os países envolvidos neste pacto comprometeram-se a parar imediatamente a emissão de novas licenças para projetos de geração de energia a carvão e cessar novas construções de geração de energia a carvão, a partir do final de 2021.

Já na Turquia, o Parlamento acabou de ratificar esta semana, por unanimidade, o Acordo de Paris, de combate às alterações climáticas. Esta decisão parlamentar segue-se ao compromisso assumido pelo presidente turco na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. Nessa altura, Recep Tayyip Erdogan anunciou a decisão, o que faz do seu país o 191.º a ratificar este acordo que deve conduzir, conforme a intenção em 2016 quando foi aprovado, a limitar a subida da temperatura média global a 1,5 graus centígrados.

Esta ratificação acontece a três semanas da 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção Quadro da Organização das Unidas sobre Alterações Climáticas, que abre no final de outubro em Glasgow, na Escócia.

A Turquia tinha assinado o Acordo de Paris, em 2016. Era um dos últimos grandes países emissores de gases com efeito de estufa a ratificar o texto. Entre os faltosos, estão Irão, Iraque, Líbia, Iémen e Etiópia.

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