Marcelo vai receber parceiros patronais e sindicais na próxima sexta-feira
O chefe de Estado adiantou que já tencionava "receber os parceiros económicos e sociais na próxima sexta-feira, de hoje a uma semana".
O Presidente da República anunciou que vai receber na próxima sexta-feira os parceiros económicos e sociais, tanto patronais como sindicais, e recusou, antes de os ouvir, comentar a situação da concertação social.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no final de uma sessão comemorativa dos 250 anos do Grupo Pinto Basto, no antigo picadeiro real, depois adaptado a Museu dos Coches, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.
Questionado sobre o pedido de audiência das confederações patronais, que decidiram suspender a sua participação nas reuniões da Comissão Permanente de Concertação Social, o chefe de Estado respondeu que “já tinha tencionado receber os parceiros económicos e sociais na próxima sexta-feira, de hoje a uma semana”.
“Portanto, quando soube do pedido de audiência – e por acaso acabei de encontrar aqui alguns dos representantes dos parceiros sociais patronais, no caso, mas eu vou receber os patronais e sindicais – disse-lhes que já tinha antecipado a vantagem de os ouvir sobre a situação económica e social que se vive. Portanto, receberei uns e outros na sexta-feira da semana que vem”, acrescentou o Presidente da República.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP) decidiram suspender a sua participação na concertação social na sequência das alterações à legislação laboral aprovadas na quinta-feira em Conselho de Ministros.
Num comunicado conjunto, as quatro confederações patronais acusam o Governo de desconsideração e de “claro atropelo a um efetivo processo de concertação social”.
Questionado sobre a gravidade que atribui à situação da concertação social, Marcelo Rebelo de Sousa recusou fazer comentários, por enquanto: “Eu vou ouvir os parceiros, não faz sentido estar a pronunciar-me antes de os ouvir”.
“Depois, se for caso disso, me pronunciarei”, disse.
Sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2022, o Presidente da República reiterou que está a trabalhar num cenário de viabilização da proposta do Governo, que será votada na generalidade na próxima quarta-feira, defendendo que “é o melhor para o país”.
No seu entender, “tudo o que contribua para a certeza é bom”, na atual conjuntura global de “incerteza e insegurança”.
Interrogado se não se arrepende de ter dispensado acordos escritos que suportassem o atual Governo minoritário do PS, o chefe de Estado evitou responder a essa questão.
“Eu continuo a entender que é possível, também neste Orçamento – como foi possível durante quatro anos, é certo que nos dois últimos da legislatura anterior com dificuldades acrescidas, como foi possível nos dois primeiros desta legislatura – chegar-se a uma passagem do Orçamento“, reafirmou apenas.
Na intervenção que fez na sessão comemorativa dos 250 do Grupo Pinto Basto, o Presidente da República considerou que os portugueses são “muito bons para salvar apertos”, mas “menos bons para garantir previsibilidade e perspetiva de longo prazo”.
Marcelo Rebelo de Sousa rejeitou que essa fosse uma referência ao atual momento político, dizendo que “estava a falar de uma realidade diversa”.
(atualizado com mais informação às 21h55)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Marcelo vai receber parceiros patronais e sindicais na próxima sexta-feira
{{ noCommentsLabel }}