Grupo Endesa reduz lucros em 3,4% para 1.459 milhões nos primeiros nove meses
A espanhola explica que a diminuição reflete o impacto negativo que “o aumento excecional” dos preços da eletricidade, motivado principalmente pelo “forte” aumento do preço do gás".
A espanhola Endesa obteve um lucro de 1.459 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, menos 3,4% do que um ano antes, o que reflete o impacto negativo do aumento “excecional” dos preços da eletricidade.
O grupo informou esta quarta-feira a Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola, a CNMV, que as suas receitas ascenderam a 18.603 milhões de euros, 43,6% mais do que há um ano.
A empresa que opera na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica explica que a diminuição reflete o impacto negativo que “o aumento excecional” dos preços da eletricidade, motivado principalmente pelo “forte” aumento do preço do gás e, em menor medida, dos direitos de emissão de CO2, está a ter na sua demonstração de resultados.
Apesar deste contexto adverso marcado pelo aumento das matérias-primas energéticas, a Endesa congratula-se por ter registado um lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) de 3.125 milhões de euros, uma ligeira redução de 0,4% em relação a um ano antes.
“Esses resultados são especialmente significativos na conjuntura atual, que não beneficia a estratégia da empresa nem o seu resultado”, afirma a empresa em comunicado.
A principal empresa de eletricidade em Espanha e a segunda em Portugal, que também é o segundo operador de gás no mercado espanhol, assegura que mantém o seu ”firme compromisso com a descarbonização do mix de geração”, tendo aumentado o seu portfólio de projetos de energias renováveis em mais 22 GW (gigawatts) desde o início do ano, somando mais de 61 GW.
Por seu lado, o investimento ascendeu a 1.414 milhões de euros, com um crescimento de 20,5% face ao mesmo período do ano anterior.
“Estamos cientes das dificuldades enfrentadas por muitos consumidores domésticos e industriais devido aos elevados custos de energia. E é por isso que estamos abertos ao diálogo com a administração para encontrar as soluções mais eficientes para este contexto conjuntural”, afirmou o presidente executivo (CEO) da Endesa, José Bogas, durante a apresentação dos resultados aos investidores.
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