Erupção terminada em La Palma: CCS indemniza 73,7 milhões

  • ECO Seguros
  • 28 Dezembro 2021

Afetados pela erupção do 'Cumbre Vieja', os titulares de apólices dos 58 automóveis engolidos pela lava receberam em média 4 745 euros de indemnização cada. Autoridades declaram "a erupção terminou."

Até 20 de dezembro, 91 dias depois do início da erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma (Canárias), o Consórcio de Seguros (CCS) que cobre riscos extraordinários em Espanha pagou 73,72 milhões de euros por danos segurados.

Do valor reportado, 63,17 milhões de euros respeitam a perdas em 361 habitações, 9,86 milhões compensaram dados em 39 estabelecimentos comerciais, escritórios e hotelaria, 415,14 mil euros indemnizaram estragos em cinco instalações de uso industrial e 275,2 mil euros foram pagos pela perda de 58 veículos automóveis.

Segundo estima o CCS, o desembolso médio correspondeu a 175 mil euros por cada imóvel residencial, 260 mil por estabelecimento comercial ou escritório, cabendo a cada titular de seguro automóvel uma compensação média de 4 745 euros.

Globalmente, até 20 de dezembro, o consórcio recebeu 2 847 pedidos de compensação, compreendendo 2 322 habitações, 221 veículos automóveis, 278 estabelecimentos comerciais, escritórios e de alojamento, e outros 26 estabelecimentos de uso industrial. Do total de solicitações recebidas, mais de 50% chegaram ao Consórcio através da página de internet do CCS.

Além dos 463 processos concluídos e pagos, outros 88 foram rejeitados, por motivos diversos, explica a 12ª nota de atualização da CCS relatando gestão e acompanhamento do desastre.

Erupção vulcânica declarada oficialmente como “terminada”

Desde que iniciou erupção 19 de setembro, o vulcão Cumbre Vieja completou 85 dias e cerca de 8 horas a 13 de dezembro, mas só 10 dias consecutivos depois, sem reatividade, foi declarado o fim da erupção, oficialmente anunciada a 25 de dezembro de 2021.

“A erupção terminou,” disse Julio Pérez, responsável do Plan Especial de Protección Civil y Atención de Emergencias por Riesgo Volcánico de Canarias (PEVOLCA), após confirmação do Comité Científico no final dos 10 dias de inatividade necessários à verificação científica sobre o termo do processo eruptivo e dos tremores (baixa magnitude sísmica).

“Hoje sentimos alívio,” referiu Pérez estimando que, na primeira quinzena de janeiro poderiam ser iniciados os primeiros realojamentos. No entanto, segundo as autoridades, a declaração oficial do termo da erupção não determina o fim de alguns perigos associados ao fenómeno vulcânico, nem a exclusão definitiva de uma eventual reativação magmática no Cumbre Vieja.

Entre outros dados preliminares do desastre, o governo das Canárias refere que, durante a erupção foram criadas seis crateras, com 172 metros na boca de maior dimensão e 106m na cratera mais pequena. O volume estimado do edifício vulcânico é estimado em 34 milhões de metros cúbicos e o total de lava expelida foi superior a 200 milhões de metros cúbicos, sendo que o alcance máximo dos projéteis balísticos foi 1,5 quilómetros.

A superfície total coberta pelos fluxos de lava ultrapassa 1 219 hectares, com espessura estimada entre os 12 e 70 metros. A atividade eruptiva do Cumbre Vieja, considerada a mais longa de que há registo em La Palma, obrigou a evacuar 7 mil pessoas, das quais perto de 560 continuam alojadas provisoriamente em hotéis e albergues.

Quanto à destruição causada pelo fenómeno vulcânico, o governo refere 1 676 moradias e outras edificações, das quais 1 345 de uso residencial, 180 de uso agrícola, 75 edificações industriais, 44 de lazer e hotelaria, 16 edificações de utilidade pública e 16 outras de uso diverso. Acrescentam-se ainda 370 hectares de área cultivada, sobretudo bananeiras, vinhas e abacateiros, mais 73,8 quilómetros de estradas e 10,8 km de ruas e mais de 50 km de outros arruamentos e rede viária.

No mesmo comunicado, o governo das Canárias deixa uma lista de obrigações de segurança e recomendações sobre cuidados a observar tanto em terra como na navegação marítima.

Informação do sistema europeu Copernicus aponta um total 2 988 edificações destruídas e 138 edificações danificadas.

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