BRANDS' ECO Como estão as empresas a reagir à Diretiva SUP?

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  • 12 Janeiro 2022

O tema dos Plásticos de Uso Único (SUP) não é novo, mas é necessário continuar o debate para encontrar novas ideias e soluções, até porque é um esforço de todos e há metas a cumprir.

A diretiva de Plásticos de Uso Único (SUP), recentemente transposta para os estados-membros da UE e em vigor em Portugal desde 3 de julho deste ano, foi criada com um propósito sobejamente conhecido: resolver o grave problema ambiental que advém do descarte de plástico que ocorre a nível global, considerando os consumos excessivos provocados pelo aumento da população mundial.

Não é, portanto, um tema novo, mas porque implica um grande trabalho de todos e há metas a cumprir, existe a necessidade de continuar este debate de forma a encontrar novas ideias e soluções que, se por um lado, devem responder ao desafio de mitigar o impacto da atividade humana no ambiente, por outro lado, devem ser economicamente viáveis e responder às necessidades do consumidor.

A prioridade não passa por eliminar totalmente o plástico, até porque tal não é possível, mas sim por encontrar o melhor plástico e usá-lo da melhor forma possível, até porque se trata de um material com valor e com adequação à proteção de bens alimentares.

Ora, neste contexto, é de recordar que os diferentes agentes económicos não foram apanhados de surpresa com a diretiva SUP, pois o sentido de responsabilidade social contido nas próprias empresas, já vinha manifestando o compromisso com a adoção das melhores práticas, nomeadamente em matéria do plástico usados nas embalagens, sobretudo o que serve o grande consumo e o que deve ser feito no final de vida desses mesmos resíduos.

A prioridade não passa por eliminar totalmente o plástico, até porque tal não é possível, mas sim por encontrar o melhor plástico e usá-lo da melhor forma possível, até porque se trata de um material com valor e com adequação à proteção de bens alimentares.

No setor do grande consumo, este será, talvez, um dos maiores reconhecimentos que advém da aplicação da diretiva SUP: que as empresas são competitivas, versáteis e dinâmicas e, tendo a capacidade para investirem em I&D e tecnologia, têm conseguido alterar as suas embalagens, antecipando-se e adaptando-se às tendências que marcam o futuro comum da sociedade, nomeadamente em matéria de plástico. Futuro esse que só pode passar pela sustentabilidade nas suas três vertentes e pela promoção de uma maior circularidade em toda a cadeia de valor.

Fruto deste empenho pelo uso responsável de plástico nas embalagens, vemos hoje várias alternativas mais “verdes” e eficientes nos diferentes canais de comercialização. Ou porque seguem os princípios do ecodesign, incorporam material reciclado ou porque podem ser reutilizadas na maior quantidade de vezes possível.

E há já dados que refletem este empenho: numa abordagem da Sociedade Ponto Verde (SPV), aos seus clientes embaladores, sobre as medidas implementadas para melhoria do desempenho das suas embalagens, a redução de peso da embalagem colhia 29% das medidas, a não utilização de embalagens supérfluas 15% e a incorporação de matérias-primas recicladas 17%.

A colaboração é determinante em todo este processo, entre quem decide, produz e coloca no mercado, até quem consome e faz a recolha e gestão dos resíduos de embalagens de plástico.

A verdade é que o setor das embalagens, de uma forma geral, está a percorrer um longo caminho e embora muito tenha já sido feito, vai continuar a assistir-se a mais inovação impulsionada por esta nova diretiva, com a consciência que mesmo ponderando outros materiais para substituírem o plástico, esta não é uma tarefa fácil, pois todos são recursos escassos e requerem escolhas certas e sustentáveis.

A colaboração é determinante em todo este processo, entre quem decide, produz e coloca no mercado, até quem consome e faz a recolha e gestão dos resíduos de embalagens de plástico.

Porque só assim será possível chegar à melhoria constante, a mais conhecimento e inovação, bem como à implementação das melhores práticas que promovam não só a qualidade de vida atual, mas pensem já nas gerações vindouras.

É neste quadro que a Sociedade Ponto Verde atua e convoca todos à sua volta. Desde a sua constituição, há 25 anos, que a sua intervenção tem sido cada vez mais a montante, perante os desafios e os requisitos com que o mundo do grande consumo se vai deparando em matéria de embalagens de plástico, e não só.

Hoje a SPV é a entidade gestora que trata de encaminhar as embalagens no seu fim de vida para a reciclagem, mas é também parceira do Governo e dos legisladores e reguladores nacionais e europeus; é aceleradora de inovação ao longo de toda a cadeia de valor e em conjunto com os cerca de 8.200 clientes e demais parceiros; e é promotora no processo de sensibilização dos consumidores.

Tudo em prol de uma economia cada vez mais circular que gere confiança e permita uma tomada de decisões e comportamentos mais inteligentes e responsáveis!

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