Ferpinta investe 50 milhões e cria nova fábrica
Empresa de metalomecânica de Oliveira de Azeméis vai receber um crédito fiscal de 4,99 milhões de euros e um apoio a fundo perdido do Compete 2020 de 5,99 milhões de euros.
A Ferpinta, empresa de tubos de aço, vai investir cerca de 50 milhões de euros na criação de uma nova fábrica em Oliveira de Azeméis. Este investimento, a realizar em três anos, deverá criar para já 14 novos postos de trabalho.
“Entre 2021 e 2023 a Ferpinta irá realizar investimentos no valor de 49,98 milhões de euros, envolvendo uma nova unidade industrial, novos produtos e o aumento da capacidade atual”, explicou ao ECO o comendador Fernando Pinho Teixeira. “Este investimento irá também incidir na aposta em tecnologias mais inovadoras e integrá-las nos processos de fabrico, numa abordagem integral do conceito Indústria 4.0, que permite capacitar a empresa das condições necessárias para o desenvolvimento de novos produtos, diferenciados e inovadores”, acrescentou o fundador do grupo e presidente do conselho de administração.
Este é um dos investimentos a que o Executivo vai conceder um incentivo fiscal. João Leão, no final da reunião do Conselho de Ministros da última semana de 2021, anunciou a atribuição de um crédito fiscal máximo de 92 milhões de euros a 26 contratos de investimento que representam um investimento total de 937 milhões de euros na economia. Com este pacote de investimentos, Portugal fechou o ano de 2021 com um valor recorde na atração de investimento contratualizado.
A empresa de metalomecânica vai receber um crédito fiscal de 4,99 milhões de euros e um apoio a fundo perdido do Compete 2020 de 5,99 milhões de euros. Apoios concedidos para a criação da nova unidade industrial “para a manipulação e transformação de chapa, nomeadamente ao nível do seu corte em diferentes formatos e espessuras”. Esta unidade será construída nos pavilhões industriais mandados construir pela empresa chinesa Wuhan Industries, na zona industrial de Loureiro, confirmou fonte oficial da empresa ao ECO. O “pavilhão chinês”, como é conhecido, foi comprado pela Ferpinta em agosto do ano passado, num investimento que rondou 13,7 milhões de euros, de acordo com o jornal regional azemeis.net.
A Ferpinta também se compromete a diversificar a produção. Após a implementação da nova unidade, no setor da metalomecânica, “a empresa estará preparada para começar a produzir tubos com características distintas, que exigem um acabamento diferente, baseado em tratamento térmico, e introduzir na sua gama um produto que atualmente não é produzido pela empresa“, precisou Fernando Pinho Teixeira. “A nível ambiental, este investimento irá trazer ganhos de eficiência produtiva e energética, através do aumento da produção de energia proveniente de fontes renováveis a serem integradas no processo produtivo”, acrescentou o responsável.
O investimento, que já arrancou a 18 de outubro do ano passado, deverá está concluído no final de junho de 2023, deverá criar 14 novos postos de trabalho e compromete-se a manter os atuais 380.
No texto da candidatura apresentada aos apoios do Portugal 2020, a Ferpinta explicava que “pretende continuar a afirmar-se como uma empresa inovadora no desenvolvimento e na produção de tubos em aço de elevada qualidade, enquanto referência no setor mundial e líder no mercado ibérico“. E que pretende com este investimento acompanhar as tendências de mercado e a possibilidade de “executar soluções diferenciadoras”.
A empresa delineou um plano de investimento para responder “à evolução do mercado na procura de novos produtos, como tubos de aço com características mais homogéneas que permitem a sua aplicação a novas finalidades e perfis planos em aço com diferentes espessuras e geometrias”.
Nota: Título alterado. A nova unidade vai operar no setor da metalomecânica, mas não será tubos de aço, precisou ao ECO fonte oficial da empresa.
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