EUA negoceiam fornecimento de gás com o Qatar e enviam ajuda militar à Ucrânia

Washington iniciou conversações com o Qatar, o maior exportador mundial de gás natural, opara encontrar "soluções" para o fornecimento de gás a longo prazo.

Os Estados Unidos estão em conversações com o Qatar e outros grandes exportadores de gás para planear medidas de contingência caso a Rússia invada a Ucrânia, interrompendo o fornecimento de gás para a Europa. De acordo com o Financial Times (conteúdo em inglês, acesso pago), as negociações estão focadas em garantir cargas adicionais de gás natural liquefeito por via marítima.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está a preocupar o mundo. As tensões entre o Ocidente e Moscovo intensificaram-se quando Vladimir Putin enviou cerca de 100 mil soldados para a fronteira ucraniana, em antecipação a uma invasão. A Rússia nega, mas não convenceu. Aumentaram, assim, os receios de que este conflito provoque uma quebra ainda maior no fornecimento de gás para a Europa, numa altura em que os preços dispararam.

Depois de as conversações com a Rússia terem tido efeitos quase nulos, os Estados Unidos procuraram alternativas. De acordo com uma fonte citada pelo FT, Washington iniciou conversações com o Qatar, o maior exportador mundial de gás natural, o Reino Unido e outros países europeus para encontrar “soluções” para o fornecimento de gás a longo prazo.

“Estamos a analisar o que pode ser feito antecipadamente, especialmente a meio do inverno, com stocks muito baixos de [gás natural europeu] armazenados”, disse um membro do Governo norte-americano. “Discutimos o que pode ser movimentado no mercado, o que pode ajudar e o que podemos preparar agora, se e quando houver uma crise crescente”. A maior parte do gás natural do Qatar é enviada para a Ásia.

Fatih Birol, responsável da Agência Internacional de Energia (AIE), citado pela FT, afirmou na semana passada que a Rússia estava a estrangular o fornecimento de gás para a Europa. Isto porque a Ucrânia funciona como a porta de entrada do gás russo na Europa.

A ajuda militar dos Estados Unidos para ajudar a Ucrânia a defender-se contra uma possível invasão da Rússia começou a chegar na noite desta sexta-feira, anunciou a embaixada americana em Kiev, no Twitter. O material “inclui cerca de 200 mil libras de ajuda letal, incluindo munição para os defensores da linha de frente da Ucrânia”.

“A remessa — e 2,7 mil milhões de dólares desde 2014 — demonstra o compromisso dos Estados Unidos em ajudar a Ucrânia a reforçar as suas defesas perante a crescente ameaça russa“, lê-se em outro tweet.

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