BRANDS' ECO Para que servem as janelas novas?
As oportunidades que nos são oferecidas para alcançar os objetivos da Transição Climática só serão plenamente aproveitadas se houver visão e ambição.
Recentemente, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, foi lançado o aviso “Investimento TC-C13-i02 – Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central”.
Inserido nos pilares de Transição Climática e Transformação digital, este aviso tem um objetivo claro: “…o financiamento de medidas que fomentem a eficiência energética […], contribuindo para a melhoria do desempenho energético e ambiental dos edifícios”.
Este aviso prevê a comparticipação a 100%, num limite de 5.000.000,00€ por candidatura com uma dotação total de 40.000.000,00€. Os critérios de avaliação desta candidatura preparada pelo Fundo Ambiental são claramente definidos:
- Redução anual do consumo de energia primária;
- Redução anual de emissões de gases com efeito de estufa;
- Racionalidade económica das intervenções;
Considerando o peso dos edifícios no consumo global de energia elétrica e nas emissões de gases de carbono (40% e 36% respetivamente) – e não esquecendo o aumento que se tem verificado nos preços da eletricidade – estes incentivos são uma oportunidade única para que os edifícios da Administração Publica Central melhorem os seus níveis de eficiência energética, o conforto dos seus ocupantes, e contribuam de forma positiva para uma maior sustentabilidade do imenso parque de edifícios.
Naturalmente, os organismos têm aderido a esta iniciativa, aproveitando estes fundos para fazer melhorias tantas vezes adiadas nos seus edifícios. Novas janelas, novos aparelhos de ar condicionado, aplicação de isolamento térmico em coberturas, paredes ou pavimentos, etc.
As melhorias estruturais nos edifícios são importantes para que estes consigam ser mais eficientes do ponto de vista energético, mas não é somente com essa medida que se conseguirão atingir as metas fixadas até 2030: 32,5% de redução do consumo de energia e 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa.
A importância da Transição Digital na Eficiência Energética
Se as intervenções estruturais nos edifícios garantem um maior isolamento térmico, e consequentemente menor desperdício energético, medidas adicionais poderiam ser tomadas no sentido de atingir de forma efetiva os níveis de eficiência e redução dos consumos energéticos fixados pela União Europeia.
Adicionalmente à substituição de infraestruturas, os Sistemas de Automação e Controlo de Edifícios (SACE) permitem que estes operem de uma forma mais eficiente, reduzindo os consumos em cerca de 15% a 20%. Estes sistemas interligam todos os componentes de um edifício, permitindo uma visão integrada, disponibilizando informação e métricas que poderão ajudar a uma operação mais eficaz. Este tipo de sistemas obriga a um grande investimento inicial, garantindo, no entanto, o retorno na redução da fatura.
Se os SACE permitem uma integração de todos os sistemas de um edifício, outras soluções, bastante menos onerosas, permitem reduzir o consumo energético em mais de 40%. Falamos de sistemas baseados em Inteligência Artificial, independentes dos equipamentos instalados nos edifícios, e que garantem uma otimização continua de todos os sistemas; como se os edifícios tivessem um gestor técnico a trabalhar 24 horas por dia de forma autónoma. Sistemas como o BandoraOM permitem alcançar esses resultados.
A Bandora desenvolve um sistema que visa tornar os edifícios autónomos para uma maior eficiência nas suas operações. O BandoraOM é um Gestor de Edifícios virtual, que corre sobre qualquer SACE existente. Utilizando tecnologias de Inteligência Artificial e Machine Learning, automatiza a decisão do Gestor “real”, efetuando em tempo real e em contínuo o micro ajuste das configurações dos sistemas. Com uma implementação rápida, este sistema otimiza o funcionamento dos edifícios, permitindo desde os primeiros dias obter significativas reduções do consumo energético.
E o investimento nestes sistemas consta do Aviso “Investimento TC-C13-i02”, na rubrica 2.7 das Tipologias de Intervenção. Adicionalmente às alterações estruturais, as soluções de Transição Digital para gestão de edifícios são a única forma de garantir o integral cumprimento das metas, e deveriam estar nas candidaturas apresentadas pelos organismos.
O BandoraOM é um projeto com o número 45299, co-financiado pelo FEDER.
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